Autor: Lusa/AO Online
“Discordamos totalmente da posição do ministro”, afirmou Berto Messias, líder da bancada parlamentar do PS/Açores, em declarações à Lusa, acrescentando que a RTP/Açores deve continuar a ser um organismo com administração, programação e edição próprias, como acontece com os órgãos de segurança e defesa nas ilhas, que estão dependentes do Estado.
Para Berto Messias, o serviço público de rádio e televisão nos Açores deve continuar a ser “um encargo do Estado”, mas salientou que esse serviço não se coaduna com uma “janela de emissão de quatro horas”.
O líder parlamentar do PS/Açores entende que esta solução, além de não ser viável, poderá pôr em causa o futuro da televisão no arquipélago.
O líder parlamentar do PSD/Açores, Duarte Freitas, também contestou as declarações do ministro Miguel Relvas, embora tenha defendido que é necessário reestruturar a RTP.
“Os açorianos não se revêm no atual serviço público de rádio e televisão e os responsáveis por isso são aqueles que nos governaram até agora”, afirmou Duarte Freitas à Lusa, acrescentando, no entanto, que reduzir a emissão da RTP/Açores a uma janela de quatro horas diárias “não é o caminho certo”.
Os social-democratas açorianos defendem, em alternativa, que seja criada uma sociedade anónima com capitais do Estado e capitais públicos e privados da Região que possa gerir a RTP nos Açores.
“O PSD está adiantado em relação aos outros partidos e fica à espera que as outras forças políticas manifestem a sua posição sobre esta proposta”, frisou Duarte Freitas.