Açoriano Oriental
Proposta temática do congresso do PSD/Açores alerta para “irresponsabilidade” de “crise política”

Uma das propostas temáticas do 25.º Congresso do PSD/Açores, que começa na sexta-feira, defende o partido como “garante da estabilidade governativa” regional, na coligação com CDS-PP/PPM, alertando para a “irresponsabilidade” de criar “uma artificial crise política”.

Proposta temática do congresso do PSD/Açores alerta para “irresponsabilidade” de “crise política”

Autor: Lusa/AO online

“Os açorianos responsabilizarão eleitoralmente os partidos que criarem uma crise política artificial, que atrasará a execução do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e a definição das prioridades para o PO [Programa Operacional] Açores 2030, comprometendo a desejada recuperação económica”, alerta o subscritor do documento, Pedro Gomes, antigo deputado do PSD na Assembleia Legislativa Regional e na Assembleia da República.

O texto integra uma das nove propostas temáticas apresentadas ao congresso que se prolonga até domingo, em Ponta Delgada, contando com a participação de 240 congressistas que vão eleger os novos órgãos regionais do PSD/Açores, liderados por José Manuel Bolieiro.

“O PSD é o garante da estabilidade governativa dos Açores, contra os arautos da instabilidade”, que visam “apenas a obtenção de incertos ganhos partidários”, é acrescentado na proposta, disponível ‘online’ no site do partido.

José Manuel Bolieiro, também presidente do Governo Regional, mantém, desde as eleições regionais de 2020, um acordo de governação com CDS-PP e PPM, ao passo que a coligação assinou acordos de incidência parlamentar com o Chega e com o deputado independente (ex-Chega) e o PSD com a Iniciativa Liberal (IL).

PSD, CDS-PP e PPM representam 26 deputados dos 57 deputados do parlamento açoriano e precisam dos três acordos para uma maioria absoluta no parlamento (29 votos).

Na proposta é salientado que “o PSD assegura a governabilidade dos Açores, assente nos acordos de coligação e de incidência parlamentar”, bem como “na confiança e lealdade recíprocas entre os parceiros de coligação”, permitindo “uma governação de mudança de políticas e de renovada esperança nos Açores”.

“Servir os açorianos está acima dos interesses partidários”, é sustentado na proposta, intitulada Um Tempo de Esperança.

Quanto à coligação de governo, é apresentada como “a estratégia de governação que o PSD preconiza para o futuro”.

“Num momento em que ainda se vive em situação pandémica e na maior crise dos últimos 70 anos, criar uma artificial crise política ou uma situação de instabilidade é uma irresponsabilidade política que os eleitores penalizarão nas urnas”, lê-se no documento.

Nas eleições legislativas regionais de 2020, os açorianos “fizeram uma escolha política muito clara”, não dando ao PS “uma maioria absoluta, repetidamente pedida por este partido durante a campanha eleitoral, e elegeram a Assembleia Legislativa mais plural da história”, é ainda recordado.

Para o congresso que começa pelas 20:00 de sexta-feira, no Pavilhão do MAR, foram entregues nove propostas temáticas: “25 Congressos – A Caminho dos 50 Anos”, subscrita por José Andrade; “Pela Valorização do Poder Local”, subscrita por Pedro Nascimento Cabral; “As transições Europeias: melhoria de representação, influência, contributos e os desafios a curto e médio prazo numa Europa marcada pela guerra”, subscrita por Paulo Nascimento Cabral; e, entre outras, “Melhor Parlamento – Mais Democracia”, subscrita pelo líder parlamentar regional João Bruto da Costa.

No sábado, vão ser “debatidas e votadas as propostas temáticas, sendo também eleitos os novos órgãos regionais do partido”, indica o PSD regional em comunicado.

A sessão de encerramento está marcada para domingo, a partir das 10:30, com intervenções do secretário-geral do PSD/Madeira, José Prada, do presidente do PSD nacional, Luís Montenegro, e do presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro.

José Manuel Bolieiro foi, no início de junho, eleito para um segundo mandato à frente do partido, alcançando 99% dos votos nas eleições diretas em que participaram 1.778 militantes.


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