Praia da Vitória avança com fundo de capital de risco para empresas

Os empresários do concelho da Praia da Vitória, Açores, terão em breve acesso a um fundo de capital de risco, que já foi aprovado em Assembleia Municipal, anunciou esta segunda-feira o presidente da Câmara.


 

"Este projeto foi aprovado na Assembleia Municipal do dia 12 de setembro. Neste momento, está em fase de publicação para selecionarmos a entidade gestora do fundo. Estamos a seguir todos os requisitos legais", frisou Roberto Monteiro, em conferência de imprensa.

Segundo o autarca, o passo seguinte é a elaboração de um regulamento do fundo, que define as regras e os tipos de projetos que podem ser apoiados.

Para o fim, está guardada a fase de "encontrar recursos financeiros para os fundos", para que depois a entidade gestora possa "receber propostas de ideias, de projetos, de empresas que se queiram instalar e que poderão ser apoiadas por esse fundo, numa filosofia de capital de risco".

Os fundos poderão chegar de várias entidades, como o Governo Regional dos Açores ou a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, mas, segundo Roberto Monteiro, esta poderá também ser uma forma da governação norte-americana contribuir para a mitigação dos efeitos já sentidos no concelho com a redução da presença militar na Base das Lajes.

Esta e outras propostas estão a ser discutidas com a embaixada portuguesa nos Estados Unidos, segundo o autarca, que revelou que está, por exemplo, a ser pensada a possibilidade de serem criadas "facilidades especiais no escoamento de produtos dos Açores para os Estados Unidos".

Pelo número de audiências e pedidos de apoio que tem recebido, o autarca acredita que existem muitos jovens e desempregados motivados a investir num novo negócio.

Por isso, e antes de o fundo de capital de risco estar disponível, a autarquia vai organizar um fórum sobre empreendedorismo, oportunidades de negócio em "franchising" e formas de financiamento.

Segundo Roberto Monteiro, há uma nova geração que terá de ser o motor de uma "nova economia, assente na filosofia de oferta", na qual não se incluem apenas os mais jovens, mas as pessoas que perderam emprego e já se mentalizaram que não vão conseguir encontrar uma vaga na função pública.

Para quem não cria o seu próprio negócio, "a alternativa, e tem acontecido infelizmente em muitos casos, é a emigração", lamentou o autarca.

Atualmente, o concelho da Praia da Vitória tem 1.018 pessoas sem emprego, um número que Roberto Monteiro sabe de cor e diz acompanhar de perto.

Há alternativas de desenvolvimento económico que passam pelas micro e pequenas empresas, que podem ser bem-sucedidas", defendeu.

O fórum "Ideias, projetos e investimentos sustentáveis: Como criar e desenvolver negócios", que vai decorrer no sábado, das 09:30 às 17:30, será destinado precisamente a quem está desempregado e tem ideias para negócios, mas também ao tecido empresarial, que pensa em expandir as suas empresas, e aos jovens, com particular atenção para os que se estão a formar em gestão na Universidade dos Açores.

Depois deste evento, está prevista a realização de uma feira de "franchising" e de parcerias económicas no primeiro trimestre do próximo ano.

 

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