À volta da personagem Petra Von Kant, cinco mulheres vão estabelecendo ligações variadas, conforme a sua natureza, patenteando as dificuldades de relacionamento, desde a mãe displicente, passando pela filha ignorada, a amiga formal, até à assistente explorada emocional e psicologicamente. Desta forma criam-se e desenvolvem-se temas polémicos, como as diversas relações amorosas, e modelos simbólicos de poder e submissão.

Desde a sua estreia em 1971 “As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant” foi alvo de contestação e mesmo ataque por parte do público da época. Trinta e oito anos depois os costumes e mentalidades poderão ter mudado o suficiente para poder aceitar, comentar e debater simplesmente o conteúdo do texto, mantendo-se, no entanto os aspectos polémicos dos temas tratados. Durante dois dias, o Grupo de Teatro da Academia pretende motivar o público para se  questionar, emocionar e reflectir sobre a obra de Fassbinder, podendo assim demonstrar o impacto que o teatro pode provocar nas pessoas e nas suas mentalidades, revela nota enviada à Comunicação Social.

Esta peça de teatro conta com encenação de Gilberto Cardoso e figurinos de Isabel Roque, e as actuações de Joana Crisóstomo, Filipa Tomé, Verónica Gouveia, Elisabete Medeiros, Carolina Arruda e Mitó Guedes.