Açoriano Oriental
Dakar2023
Peterhansel procura inédita 15.ª vitória nos carros com Audi elétrico

O piloto francês Stéphane Peterhansel procura o 15.º triunfo no Rali Dakar de todo-o-terreno, que arranca no sábado na Arábia Saudita, com um protótipo híbrido da Audi.


Peterhansel procura inédita 15.ª vitória nos carros com Audi elétrico

Autor: Lusa/AO Online

O recordista de vitórias na competição (14 entre automóveis – oito – e motas – seis) vai para a sua 35.ª participação, numa prova que vai para a 45.ª edição, as quatro últimas na Arábia Saudita.

Peterhansel parte como um dos favoritos, integrando a armada elétrica da Audi, com o E-Tron, tendo como companheiros de equipa o espanhol Carlos Sainz e o sueco Mattias Ekström.

Este será o segundo ano de participação da marca alemã com uma versão mais amiga do ambiente, mas que já provou ser competitiva na edição de 2022, onde os problemas de fiabilidade acabaram por limitar o resultado final, que teve em Ekström o melhor representante, em nono.

Mas a experiência acumulada de Sainz e Peterhansel, que, entre os dois, venceram já 11 edições nos automóveis, tem na equipa da Toyota o principal obstáculo.

Com Nasser Al-Attiyah, do Qatar, como ponta de lança, até pelo triunfo de 2022, o construtor nipónico alia as prestações desportivas à fiabilidade das suas máquinas.

Os Toyota já contam dois triunfos (em 2019 e 2022), ambos pelas mãos de Al-Attiyah, um dos mais experientes pilotos do mundo a conduzir no deserto e atual campeão mundial em título.

A seu lado, o piloto do Qatar terá o árabe Yazeed Al-Rajhi, a jogar em casa, e o sul-africano Giniel De Villiers (vencedor em 2009).

A BRX é a terceira marca candidata ao triunfo, este ano com o francês Sébastien Loeb como chefe de fila.

Com nove títulos mundiais de ralis no curriculum, Loeb foi, em 2022, vice-campeão mundial de todo-o-terreno, mas venceu a competição dedicada a veículos elétricos de todo-o-terreno.

O gaulês Guerlain Chicherit e o argentino Orlando Terranova serão os seus companheiros de equipa.

A Mini regressa este ano à categoria principal, com a T1 +, com um modelo de tração às quatro rodas, pelas mãos do polaco Kuba Przygonski e do argentino Sebastian Halpern.

Entre as duas rodas, a Honda, gerida pelo português Ruben Faria, venceu duas das últimas três edições, mas viu-se ultrapassada pela GasGas em 2022, uma marca subsidiária da KTM, que tem sido a principal dominadora da prova, com 18 triunfos.

A Honda apresenta o francês Adrien Van Beveren, o norte-americano Ricky Brabec e o chileno Pablo Quintanilla para defrontar o britânico Sam Sunderland (vencedor em título) e o australiano Daniel Sanders, uma das surpresas em 2022.

Já a KTM conta com o australiano Toby Price (vencedor em 2016 e 2019), o argentino Kevin Benavides (vencedor em 2021) e o austríaco Matthias Walkner (vencedor em 2018) como principais pilotos.

O norte-americano Skyler Howes (Husqvarna) e o espanhol Lorenzo Santolino (Sherco) são alguns dos pilotos que podem surpreender.

Nos camiões, o grande destaque é a ausência da armada russa da Kamaz, fabricante oficial do exército daquele país, que venceu as últimas seis edições.

A causa da ausência é o facto de a equipa não ter assinado o Código de Conduta da FIA (Federação Internacional do Automóvel), que reconhece o “firme compromisso assumido pela FIA de solidarizar-se com o povo da Ucrânia, a Federação de Automobilismo da Ucrânia e todos os que sofrem com o conflito”, na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.

Sendo uma empresa estatal e fortemente ligada ao exército russo, a Kamaz recusou assinar o documento, exigido pela FIA para todas as provas sob a sua égide.

A edição de 2023 vai cruzar a Arábia Saudita, país que acolhe a prova pelo quarto ano consecutivo, desde a costa do Mar Vermelho até ao Golfo da Arábia.

A primeira semana será marcada pelas especiais mais longas, com mais de 400 quilómetros, enquanto as dunas chegam na segunda metade da prova, que inclui uma etapa maratona entre as 11.ª e a 12.ª etapas.

Entre as novidades no regulamento, destaque para a eliminação dos descansos obrigatórios de 20 minutos a meio das etapas para os pilotos das motas, bem como um sistema de bonificação para os vencedores das etapas nas duas rodas, que até aqui tinham a obrigação de abrir a pista no dia seguinte, o que prejudicava a navegação.

À partida, no dia 31 de dezembro, num mega-acampamento criado especialmente para o efeito, estarão 365 veículos, que enfrentam 8.549 quilómetros, dos quais 4.706 serão cronometrados.

 


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