Açoriano Oriental
Pescadores dos Açores com 543 toneladas de goraz e 140 de imperador e alfonsim

Os pescadores açorianos vão dispor de uma quota de goraz de 543 toneladas em 2020 e de 140 toneladas de imperador e alfonsim (‘Beryx’), a partir de terça-feira, segundo um despacho publicado esta segunda-feira em Jornal Oficial.

Pescadores dos Açores com 543 toneladas de goraz e 140 de imperador e alfonsim

Autor: Lusa/AO Online

No despacho da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia é fixada a gestão de quota de goraz destinada aos Açores para 2020, que contou com o parecer favorável da Federação das Pescas dos Açores.

O máximo de captura, por trimestre, para a frota regional será de 120 toneladas no primeiro trimestre de 2020, 160 toneladas no segundo e no terceiro e de 103 toneladas no quarto semestre.

O Governo dos Açores decidiu, entretanto, que a pescaria de goraz será aberta a toda a região, mantendo-se o limite máximo de capturas por embarcação de 2% da quota total regional.

Para o titular regional da pasta do Mar, Gui Menezes, citado em nota de imprensa do executivo açoriano, foi definido “um novo modelo de gestão de captura trimestral que prevê que todas as embarcações tenham valores de capturas semelhantes, considerando a disponibilidade de quota”.

De acordo com os dados hoje divulgados, até à data foram capturadas na região 473 toneladas de goraz, que geraram 6,5 milhões de euros na primeira venda em lota, tendo o preço médio registado sido de 14,32 euros, o mais elevado dos últimos anos.

No caso específico do ‘Beryx', cada embarcação pode pescar até 5% da quota total, sendo que, por maré, os barcos podem descarregar 1% da globalidade da quota anual para a espécie.

O diploma define ainda que quando for atingida 70% da possibilidade de pesca da unidade populacional dos ‘Beryx’ atribuída aos Açores é interdita a pesca dirigida ao alfonsim, sendo apenas permitida a respetiva captura acessória, até 5% do total descarregado por embarcação, em cada maré de pesca.

Para o secretário regional do Mar, “a imposição de um limite máximo de capturas de 5% da quota regional por embarcação, que corresponde a sete toneladas, bem como a possibilidade de fechar mais cedo a captura de alfonsim, vai permitir que a pescaria de ‘Beryx’ continue a realizar-se até ao final do ano”.

Na opinião de Gui Menezes, a medida vai permitir “uma distribuição de quota mais equitativa pela frota regional e, consequentemente, uma melhor distribuição de rendimentos pelos pescadores açorianos”.

O responsável destaca que pretende-se "ajustar os máximos de captura fixados para a região para esta espécie, atendendo à disponibilidade e preservação do recurso em causa, bem como ao consumo sustentável das respetivas possibilidades de captura”.

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