Açoriano Oriental
Peixe perto da central japonesa de Fukushima continua contaminado
Elevados níveis de césio foram detetados no peixe capturado ao largo da costa leste do Japão, 18 meses depois do acidente nuclear de Fukushima, fazendo supor a existência de uma

Autor: Lusa/AO online

O estudo, publicado esta quinta-feira na revista Science nos Estados Unidos, revê os dados oficiais do Japão relativamente aos níveis de radioatividade no peixe, moluscos e algas recolhidos junto à central nuclear, danificada em março de 2011 na sequência de um tsunami.

Durante a pesquisa, o químico marinho Ken Buesseler, da Instituição Oceanográfica Woods Hole, no Massachusetts, EUA, concluiu que a persistência da contaminação pode dever-se à forma de escoamento da central ou à existência de sedimentos contaminados no fundo do oceano.

O perito estima que cerca de 40 % do peixe capturado perto de Fukushima seja impróprio para consumo ao abrigo da legislação japonesa.

“Para prever a forma como os padrões de contaminação se vão alterar com o tempo vai ser necessário mais do que estudos sobre o peixe”, afirmou Buesseler, que liderou uma equipa que investigou, em 2011, a propagação da radioatividade emitida por Fukushima.

“O que realmente precisamos é de compreender melhor as fontes e os escoadouros de césio e de outras substâncias radioativas, as quais continuam a conduzir àquilo que vemos hoje no oceano”, defendeu.

As mais recentes descobertas sobre a forma como o desastre nuclear de Fukushima afetou o oceano e a vida marinha vão ser apresentadas num simpósio científico na capital japonesa, a 12 e 13 de novembro, o qual é está a ser organizado por Buesseler e por Mitsuo Uematsu, da Universidade de Tóquio.

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