Autor: Lusa/AO Online
"Uma das bandeiras da Liga Portuguesa Contra o Cancro", o peditório nacional "é uma maneira de aferir do seu trabalho" e de perceber se a população considera que a actividade desenvolvida pela Liga é útil, defende Vitor Veloso.
Em declarações à agência Lusa, o responsável relacionou os resultados dos primeiros três dias de peditório com as condições climatéricas: no sábado, a recolha de fundos "correu muito bem", no domingo "foi pior" e segunda-feira decorreu "bastante bem".
Vítor Veloso aponta a esperança de atingir o objectivo de manter o valor recolhido no peditório de 2008, cerca de dois milhões de euros.
A zona norte destaca-se por ter conseguido aumentar em oito por cento os valores recolhidos no peditório do ano passado, um comportamento que o presidente da LPCC espera que se mantenha em 2009.
"Necessitamos do apoio de toda a população na medida em que todo o cêntimo que queiram dar é muito bem empregue" em várias actividades e em toda a causa do cancro, salienta.
A Liga desenvolve várias acções de apoio aos doentes oncológicos, tanto a nível psico-emocional, como no acolhimento a nível hospitalar, mas também no transporte, medicamentos ou alimentação dos mais carenciados, envolvendo "muitas pessoas e grandes numerários".
"A população cada vez tem piores estilos de vida. Cerca de 60 por cento dos cancros são causados pelos estilos de vida, poluição ambiental, stress ou sedentarismo", alerta Vitor Veloso.
Na prevenção secundária, o presidente da LPCC refere o rastreio do cancro da mama, onde a entidade é parceira do Ministério da Saúde.
"Esperamos que, dentro de dois anos, todas as mulheres entre 45 e 70 anos estejam rastreadas, ou seja, realizem uma mamografia de dois em dois anos, "a melhor maneira de diminuir a mortalidade" da doença que é a principal causa de morte por cancro, a nível nacional.
A LPCC também apoia jovens investigadores, com 15 bolsas de 600 euros, e os profissionais de saúde, com estágios, para estarem aptos a tratar os doentes oncológicos.