Autor: Lusa/AO Online
“Os documentos que iremos discutir esta semana foram-nos apresentados por este executivo e pelos partidos que o suportam [PSD/CDS-PP/PPM] como capazes de responder às necessidades da região e ajustadas à atual conjetura”, disse o parlamentar.
Pedro Neves, que falava no arranque da discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2025, que começou na cidade da Horta, na ilha do Faial, acrescentou que é isso que se irá debater, “não esquecendo que o foco está ou deve estar na resolução dos problemas das pessoas, sem esquecer os animais e negligenciar a natureza”.
O deputado elencou depois algumas questões relacionadas com os documentos, nomeadamente, se “representam e traduzem um novo ciclo, ou são de continuidade”, se “está ultrapassada a narrativa dos ‘24 anos de governação rosa’” e se “é um orçamento reformista que reforça e salvaguarda a Região”.
“Estão os jovens e os mais vulneráveis especialmente protegidos por este orçamento? É um orçamento ao serviço das pessoas e que alavanca uma economia sustentável, aproveitando o potencial do seu património, sobretudo o natural, sem hipotecar o futuro, ou estamos perante documentos parcos em ambição que cumprem os mínimos olímpicos por estarem atrelados a uma dívida olímpica do setor empresarial público no valor de 766 milhões de euros, e pela dívida regional no valor de 3,6 mil milhões de euros”, questionou.
Pedro Neves referiu também que, enquanto oposição, irá “acautelar as falhas sistémicas que persistem e comprometem o futuro dos Açores”.
“É sob esse pretexto que apresentaremos cerca de quatro dezenas de propostas de alteração aos documentos que vamos começar a debater, com vista a colmatar lacunas, sem descurar causas frequentemente preteridas, garantindo uma gestão responsável e eficiente, e uma sociedade mais justa”, acrescentou o deputado do PAN no parlamento açoriano.