A exposição vai mostrar fotografias, filmes e presentes recebidos pela monarca nas suas viagens a vários dos 53 países membros nos últimos 60 anos, bem como 28 vestidos que Isabel II envergou nas visitas.

Durante o seu reinado, que começou em 1952, realizou 170 visitas oficiais a países que fazem parte da Commonwealth, um terço do total das suas viagens ao estrangeiro.

Uma destas, em 1999, foi a Moçambique, o único país lusófono que desde Novembro de 1995 é membro de pleno direito da comunidade maioritariamente anglófona.

Quase todos os países-membros da Commonwealth fizeram parte do Império Britânico, mas a adesão à organização é livre e só 16 destes países mantêm a rainha britânica como monarca.

A exposição permite a visita de apenas algumas salas do palácio, mas não dá acesso aos aposentos privados da rainha, que durante esta altura de Verão se instala no palácio de Balmoral, na Escócia.

O palácio de Buckingham possui 775 salas, dos quais 19 são salões, 52 servem de quartos para os membros da realeza ou convidados, 188 são quartos dos funcionários, 92 servem de escritórios.

O edifício, que é a residência oficial da rainha desde 1837, possui ainda 78 casas de banho.

Nas salas abertas ao público entre 26 de Julho e 30 de Setembro é possível observar a decoração luxuosa que recebeu nos últimos dois séculos, nomeadamente algumas obras de arte da Colecção Real, como quadros de Rubens, Rembrandt ou Canaletto, esculturas de Canova e peças porcelana e joalharia.

Embora seja visitado anualmente por milhares de pessoas a convite da rainha, as portas só foram abertas ao público pela primeira vez em 1993.

Em média por ano e só nestes dois meses cerca de 350 mil visitantes geram cerca de 5,8 milhões de euros em receitas.

Mas a família real estima que sejam necessários 37 milhões de euros para proceder às reparações necessárias ao edifício.

O governo britânico, que é quem gere o orçamento real, recusou recentemente o pedido de mais 4,6 milhões de euros por ano.

Um deputado Conservador sugeriu em Junho que o período de abertura do palácio ao público seja estendido, incluindo aos fins-de-semana, sem por em causa a privacidade da família real.

“O Palácio de Buckingham esteve aberto durante apenas 63 dias em 2008 enquanto a Casa Branca, que também é a residência oficial de um chefe de Estado, está aberta o ano inteiro”, clamou Richard Bacon.