Autor: Rafael Dutra
A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros diz estar satisfeita com a “correção de injustiças” relativamente às carreiras de enfermagem.
“Este é efetivamente um processo muito difícil, estamos a corrigir quase duas décadas de injustiças, esquecimentos, numa classe que sempre disse presente. Temos perfeita noção do esforço que a região está a fazer nestes últimos dois anos e meio no sentido de que todos os Enfermeiros açorianos tenham aquilo que por direito lhes pertence, e hoje é possível perceber que finalmente haverá uma valorização da classe, sendo exemplo para o que se passa a nível nacional”, afirmou o presidente da Ordem dos Enfermeiros nos Açores, após reunião com a Direção Regional da Saúde.
Citado em nota de imprensa, Pedro Soares aponta para o reposicionamento dos enfermeiros especialistas e gestores, que estavam em escalões intermédios, “inclusive com colegas mais novos em posições remuneratórias mais avançadas”, o que na sua ótica “criava situações desmotivantes e injustas, entre outras situações práticas”, que começaram “finalmente” a serem corrigidas.
“Como disse no passado, este processo que vimos defendendo para mais de cinco anos é uma maratona, com encruzilhadas legais, injustiças, erros, e sem a sua correção os cuidados de enfermagem viam a sua sustentabilidade nas nossas ilhas em causa”, recordou Pedro Soares.
E prosseguiu:
“Efetivamente ainda não terminámos, e devemos ser o mais célere possível
no que ainda falta, situações perfeitamente identificadas,
contabilizadas, e com impacto nas nossas instituições no dia a dia, mas
principalmente nas diversas equipas, e foi isso que hoje discutimos,
desenhando estratégias para as próximas etapas”.
Tendo em consideração a falta de enfermeiros nas instituições, o representante da Ordem dos Enfermeiros nos Açores, lamentou que na Região existam “concursos a ficarem desertos”, e que hajam “algumas instituições privadas que ao invés de contratarem, estão a aderir ao Estagiar L, alguns não cumprindo depois na prática as respetivas regras, apelando ainda aos novos enfermeiros a não aderirem a esta prática abusiva e exploratória”.