Açoriano Oriental
Ordem dos Médicos considera "inaceitável" acesso a dados médicos de doentes
A Ordem dos Médicos considerou "inaceitável" que a Rede Integrada de Apoio ao Cidadão (RIAC) tenha tido acesso a informação médica confidencial de doentes em lista de espera para cirurgia no Hospital de Ponta Delgada, nos Açores.
Ordem dos Médicos considera "inaceitável" acesso a dados médicos de doentes

Autor: LUSA / Ao online

O presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, Jorge Santos, disse hoje à Lusa que, nas últimas semanas "funcionários da RIAC, um organismo público que nada tem a ver com a saúde, contactaram doentes em lista de espera de algumas especialidades cirúrgicas", acrescentando que o diálogo com os doentes demonstra que tinham "conhecimento de informação médica confidencial que apenas deveria permanecer nos arquivos hospitalares".

Jorge Santos salientou ter conhecimento de que terão sido contactados cerca de sete dezenas de doentes, acrescentando que os juristas da Ordem dos Médicos estão a analisar o acesso da RIAC a informação médica confidencial.

O responsável da Ordem dos Médicos nos Açores salientou que "aparentemente" esta prática "já terá sido suspensa", mas frisou "não ser admissível que os direitos fundamentais dos cidadãos e a privacidade das pessoas, neste caso em matéria de saúde, sejam infligidos".

"É informação confidencial que diz respeito à saúde das pessoas", afirmou, salientando que a Ordem dos Médicos "está a estudar o problema sob todos os pontos de vista e tudo fará para defender o sigilo profissional e a privacidade dos doentes e evitar que se repita a situação".

Jorge Santos frisou ainda que a Ordem dos Médicos "não está interessada em guerras, quer é que o Governo não repita um ato destes, que é inaceitável".

O secretário regional da Saúde, Miguel Correia, deve tomar posição sobre este assunto hoje à tarde, durante uma deslocação que tem prevista a uma loja da RIAC em Angra do Heroísmo, na Terceira.

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