Autor: Arthur Melo
O domínio territorial patenteado pela equipa da Lagoa foi uma constante em toda em partida onde não se conseguem encontrar momentos em que o adversário tivesse estado por cima na partida.
Muito concentrados e com um sólido sistema defensivo, o União da Serra procurou a sorte no erro adversário, preocupando-se mais em aguentar as investidas lagoenses, apenas mostrando-se ofensivamente nos primeiros 10 minutos da etapa complementar, onde procurou equilibrar o jogo.
Aliás, em toda a partida os continentais apenas efectuaram quatro remates: três, sem qualquer perigo, na primeira parte e um na segunda, que quase deu golo, num forte pontapé de Carioca que Serrão desviou em voo para o seu poste direito.
O Operário, no seu habitual esquema (4x3x3) mas agora com verdadeiros avançados na frente, teve em Amaral o seu expoente máximo. O jovem atacante de apenas 18 anos, vindo do Águia, desperdiçou cinco ocasiões de golo, duas das quais (aos 21 e 36 minutos) tentativas de chapéu que saíram por alto. Nas restantes, mostrou faro pelo golo e sentido de oportunidade mas a direcção do remate nunca foi a melhor, com destaque para um cabeceamento falhado aos 51 minutos.
James, no que Barreiro apontou três golos, podia ter marcado também por duas ocasiões. Aos 17 minutos o remate saiu às malhas laterais e, aos 40, a trave devolveu o esférico, sendo que na recarga Ricardo Santos cabeceou fraco e à figura de Nuno Ribeiro, naquela que foi a mais flagrante ocasião de golo de todas as que o Operário teve na partida, aos 40 minutos.
Na tentativa de rectificar o mau resultado da primeira jornada (derrota em Monsanto), o Operário tentou desde cedo resolver a contenda frente ao União da Serra mas, a partir dos 20 minutos, a intranquilidade e ansiedade toldaram os movimentos colectivos da equipa. Os jogadores fabris começaram a errar passes, foram perdendo o seu característico jogo de paciência e procuraram chegar ao golo com muita pressa.
O adversário - sensação do campeonato neste início de época - soube usar o antídoto para anular a mais-valia do Operário, conseguindo um precioso ponto na Lagoa, mas obrigando os fabris a continuar a marcar passo neste início de temporada.
O trio de arbitragem setubalense terá exagerado no capítulo disciplinar.
Abrantes falta ao jogo
A II Divisão Série C arrisca-se a ficar reduzida à participação de apenas 11 equipas e o campeonato ainda vai na segunda jornada.
O Abrantes deu ontem a segunda falta de comparência consecutiva, não tendo comparecido para defrontar o Pampilhosa, tal como já tinha acontecido na partida com o Nelas.
Com a segunda falta de comparência, o Abrantes incorre em várias penas, uma delas a despromoção automática.
O Pampilhosa, líder da Série a par do Eléctrico, não aceitou o adiamento do jogo solicitado pelos dirigentes abrantinos que têm entre mãos um caso bastante difícil.
Outra partida que não se realizou nesta segunda ronda foi o Nelas - Praiense, adiado para 14 de Setembro, devido ao facto de a equipa continental ter jogado sábado no Pico para a primeira eliminatória da Taça de Portugal, cuja segunda ronda está agendada para o próximo domingo.
O Operário, com o ponto conquistado na Lagoa, passa a ocupar a sétima posição com apenas um ponto conquistado em duas partidas realizadas.