Anteriormente, foi noticiado que no automóvel seguiam apenas duas pessoas, com base em informações de entidades envolvidas no socorro às vítimas do grave acidente, que causou a morte a 15 pessoas, além de vários feridos.
Aquilino Neto, do Conselho Executivo da Escola EB 2,3/S de Mação afirmou tratar-se de quatro pessoas, todas professoras naquela escola, que entretanto "meteram baixa por tempo inderteminado".
O ambiente que se vive no estabelecimento de ensino é de "consternação e muito falatório", adiantou o responsável.
As quatro vítimas "estão muito abaladas com o sucedido e o seu regresso depende de factores aos quais este Conselho Executivo não pode nem sabe responder", disse também Aquilino Neto.
O vereador com o Pelouro da Educação da Câmara de Mação disse à Lusa não ter sido contactado formalmente pelo Conselho Executivo da Escola sobre o sucedido e que até ao momento nenhum pedido de ajuda foi formulado à autarquia.
"A informação ainda é pouco clara, mas existe um sentimento de consternação e também de preocupação para com as professoras que estão em estado de choque e que precisam de forte ajuda psicológica", referiu José Almeida.
Segundo este responsável, "a situação está a ser acompanhada de perto, até porque quatro professores de baixa de uma só vez afecta uma quantidades imensa de alunos".
Por sua vez, o presidente da Câmara de Mação, Saldanha Rocha, disse à Lusa estar preocupado com uma situação que classificou de "dramática" e "por ser com pessoas" que estão "ligadas" profissionalmente ao concelho.
"Vamos estar particularmente atentos" - adiantou - "ao evoluir da situação e tentar sensibilizar as entidades responsáveis para que os alunos não fiquem sem professores durante muito tempo".
Segundo disse, "é importante que os alunos se concentrem e que se retome quanto antes a normalidade do funcionamento da escola".
"Os míudos estão muito agitados e estão a pagar parte da factura, porque hoje tinham testes importantes para fazer que já não realizaram devido à baixa dos professores", disse ainda Saldanha Rocha.
A governadora civil de Castelo Branco, Alzira Serrasqueiro, confirmou à Lusa que seguiam naquele Ford Fiesta "quatro pessoas", não adiantando mais qualquer informação, alegando o segredo de Justiça, uma vez que há um inquérito em curso sobre as circunstâncias em que ocorreu o grave acidente.
"Confirmo que são quatro pessoas", disse a governadora Alzira Serrasqueiro, sem precisar se são ou não mulheres.
Entretanto, fontes dos Hospitais de Castelo Branco e da Covilhã disseram à Lusa só haver registo de duas ocupantes do automóvel que recorreram a apoio médico.
No Hospital de Castelo Branco só há registo de entrada da condutora, enquanto no Hospital da Covilhá existe registo da entrada da condutora, transferida de Castelo Branco, e de uma acompanhante, que passou por lá durante a noite, precisaram as mesmas fontes daquelas unidades de saúde.
O comandante distrital de Castelo Branco da GNR, Hélder Almeida, contactado pela agência Lusa, disse não ter conhecimento sobre quantas pessoas seguiam naquela viatura na altura do acidente.
A Lusa tentou entrar em contacto com as professoras e as suas famílias, mas nenhuma pessoa se mostrou disponível para comentar.
Acidente em Castelo Branco
Ocupantes do automóvel envolvido no acidente são professoras
Quatro pessoas seguiam no Ford Fiesta que embateu no autocarro da Câmara de Castelo Branco e que esteve na origem do acidente segunda-feira na A23, sendo quatro professoras, que entretanto entraram de "baixa", disseram à Lusa fontes oficiais.
Autor: Lusa / AO online
