Açoriano Oriental
Novo comandante da base das Lajes considera ilha Terceira ponto mais estratégico do país
O novo comandante da base aérea n.º 4, nas Lajes, Açores, disse hoje que a ilha Terceira é o ponto mais estratégico do território português, defendendo a sua valorização.
Novo comandante da base das Lajes considera ilha Terceira ponto mais estratégico do país

Autor: Lusa/AO Online

“Acredito que a ilha Terceira é o ponto mais estratégico do território português, devendo, por isso, ser valorizado e potenciado”, declarou o coronel piloto-aviador César Rodrigues, na cerimónia de rendição de comando.

Segundo o comandante, que sucede ao coronel piloto-aviador Tito Augusto Pimenta de Quintanilha, “a valia e a magnitude estratégica desta pérola geográfica no coração do Atlântico tem assumido diversas formas ao longo dos tempos”.

“A simbiose civil-militar nesta ilha assume uma dimensão ímpar, tendo a base aérea n.º 4 uma missão devotada quase em exclusividade em prol da população açoriana”, adiantou, referindo que os militares desta estrutura “asseguraram, só nos últimos 12 meses, 187 evacuações aero-médicas de 218 doentes e 29 missões de busca e salvamento, que resgataram com sucesso 35 pessoas”.

“Números de apenas um ano, mas ilustrativos dos milhares de vidas salvas pela Força Aérea a partir da ilha Terceira”, realçou César Rodrigues.

O comandante referiu-se, depois, à aproximação da data do centenário do primeiro voo efetuado no arquipélago dos Açores, realizado também a partir da primeira base aeronaval norte-americana a operar fora dos Estados Unidos.

“A presença das forças americanas nesta base portuguesa, que se manifesta de forma ininterrupta faz agora 70 anos, revela a continuada importância geoestratégica desta unidade, consubstanciando, assim, o reconhecimento de que devem subsistir fortes e saudáveis relações entre Portugal e os Estados Unidos, onde a diplomacia e cooperação devem caminhar permanentemente lado a lado”, defendeu.

Nesse sentido, o comandante manifestou “colaboração e disponibilidade no sentido de se estabelecerem pontos de convergência na procura de oportunidades sempre que possam surgir desafios”.

Já o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Manuel Teixeira Rolo, garantiu que “as tripulações e os meios aéreos atribuídos à base aérea n.º 4 continuarão a concretizar todo o apoio e assistência em tempo útil às populações dispersas pelas ilhas”.

“Estamos bem cientes de que, a maioria das vezes, os meios aéreos são a única forma de receberem ajuda e, no que exclusivamente depender de nós, tudo faremos para que essa resposta não” falte à população, assegurou.

O general referiu-se depois à presença americana nas Lajes, “materializando parte importante do acordo bilateral de defesa entre os dois países”.

“Conhecemos, praticamos e relevamos a importância dessa aliança”, para, através dela, “contribuir para a preservação da paz, da segurança e para a defesa dos direitos humanos e da democracia no mundo”, declarou.

Para o responsável, “os objetivos comuns são mais facilmente alcançados num ambiente harmonioso e de cooperação permanente, nos quais o respeito pelas especificidades de cada um nunca seja posto em causa”, considerado que “é isto que tem acontecido nesta unidade”.

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