Autor: Lusa/AO Online
O governante, que hoje visitou, na Póvoa de Varzim, a feira agrícola do norte Agroleite, promovida pela união de cooperativas leiteiras Agros, garantiu que o governo continuará a fazer esse esforço.
"Estamos num país com economia de mercado e não podemos fixar preços, por isso os apoios que damos são para minimizar este ciclo em baixo do mercado. Caso contrário a situação ficaria completamente desesperada", vincou Capoulas Santos.
O ministro da Agricultura reconheceu que tem sido "alvo de críticas de alguns colunistas por um alegado excesso de apoio ao setor", mas garantiu que, por enquanto, se manterá um pacote de ajudas de "algumas dezenas de milhões de euros".
"Para os liberais não há que apoiar o setor, há que deixá-lo morrer e os produtores procurarem outra atividade, para um socialista como eu, acho que o mercado tem de ser domesticado enquanto estamos no plano político europeu a tentar encontrar soluções para resolver o problema", vincou.
O governante reiterou que na opinião do governo português "se impõe repor limites à produção de leite na Europa".
"É necessário disciplinar a produção e o excesso de oferta de leite na Europa. Creio que isso pode ser possível, pois em novembro do ano passado ninguém na Europa queria falar em apoios aos agricultores, mas em junho deste ano uma larga maioria do Conselho Europeu já os aprovou", lembrou o ministro.
Capoulas Santos garante que Portugal continuará a defender a reintrodução das "quotas leiteiras" e que tudo fará, neste período, para ajudar os produtores, embora lembrando que entretanto será o mercado a "continuar a ditar os preços".
"Os agricultores, tal como qualquer cidadão, quando se sentem injustiçados, manifestam descontentamento, mas têm de perceber que estão a ser injustiçados pelo mercado, que não tem rosto, nem olha as suas vítimas", disse o governante, que hoje, na Agroleite, tinha à sua espera um protesto de produtores da região que se sentem "injustiçados pelo preço que recebem pelo litro de leite".
"Quem trabalha neste setor, com muita dureza, pode sentir-se injustiçado, mas o Governo têm feito esforços para os apoiar que refletem o esforço solidário de todo os cidadãos", reiterou.
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