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Líderes europeus reúnem-se sexta-feira em Bruxelas
Os líderes da UE reúnem-se sexta-feira em Bruxelas para definir uma posição comum sobre as grandes prioridades dos 27 para a reforma do sistema financeiro internacional a discutir na Cimeira de Washington a 15 de Novembro.
Líderes europeus reúnem-se sexta-feira em Bruxelas

Autor: Lusa/AOonline
Os europeus pretendem fazer valer os seus pontos de vista face aos Estados Unidos fragilizados pela crise bancária e a partida do Presidente George W. Bush, mas com uma esperança renovada depois da eleição de Barack Obama.

    Mas os ministros das Finanças reunidos em Bruxelas terça-feira para preparar a reunião "informal" de sexta-feira diminuíram a ambição inicial dos europeus sobre o alcance das novas regras de funcionamento do sistema financeiro internacional.

    Num documento elaborado pela presidência francesa da União Europeia, Paris propõe o aumento da transparência e da responsabilidade dos actores financeiros, o reforço da regulamentação dos mercados, a redução das práticas de risco, a melhoria da supervisão do sistema financeiro e o reforço do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI).

    "Tudo deverá ser regulado no futuro. Chegou o momento onde não podemos acreditar apenas da autoregulamentação", declarou o ministro das Finanças da Holanda, Wouter Bos.

    A ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde, assegurou que o documento apresentado por Paris tinha suscitado "em geral, consenso", mas durante a discussão, vários países manifestaram o seu receio no sentido de se cair, no futuro, num excesso de regulamentação dos mercados.

    As principais dúvidas foram levantadas pela delegação da Alemanha que se opôs, por exemplo, "a uma resposta internacional coordenada aos desafios macroeconómicos futuros".

    Berlim receia a criação de um governo económico europeu que possa meter em causa a actual independência do Banco Central Europeu (BCE) em relação ao sistema político dos 27.

    Os europeus estão de acordo sobre o papel relevante que o FMI deve desempenhar na supervisão das finanças mundiais o que implica uma reforma desta instituição.

    Os europeus têm defendido uma reforma real dos acordos de Bretton Woods que governam desde 1944 o sistema financeiro internacional.

    A UE quer aproveitar a actual crise financeiros para impor os seus pontos de vista aos Estados Unidos, o principal responsável pela actual situação financeira e económica.

    A vitória de Barack Obama, mais aberto ao reforço do aumento da regulamentação dos mercados financeiros, deverá ajudar os 27 a alcançar esses objectivos.

    Os líderes das maiores economias mundiais (G20) iniciam a 15 de Novembro, em Washington, uma série de cimeiras para definir as alterações ao actual sistema financeiro internacional.

    Fazem parte do G20 os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.

    Criado em 1999, o G20 representa 85 por cento da economia mundial e cerca de dois terços da população.
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