Autor: Lusa /AO Online
“O valor global é na ordem dos 4,6 milhões. É ligeiramente inferior ao deste ano em cerca de 14 mil euros. O que nos vai afetar mais na gestão é a redução das transferências correntes do Orçamento do Estado e a previsão de aumentos de custos”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal das Lajes, o socialista Luís Maciel.
O autarca lembrou que cerca de 70% do orçamento, aprovado em Assembleia Municipal com os votos favoráveis do PS e abstenção da bancada PSD/CDS-PP/PPM, depende das verbas do Orçamento do Estado.
Maciel destacou ainda que a inflação e o aumento de custos com pessoal vão colocar “algumas restrições” à gestão do município em 2023.
O presidente do concelho com cerca de 1.408 habitantes avançou que o município realizou dois empréstimos, cada um de 300 mil euros, para construir um loteamento industrial e outro habitacional para “fixar pessoas” e “estimular a economia”.
A “expectativa” do município é “enquadrar” aqueles empréstimos no próximo quadro comunitário de apoio.
“A zona industrial está praticamente concluída. São oito lotes para vender a custos abaixo do preço de mercado para incentivar a fixação de empresas no concelho. Também temos um lote habitacional porque a habitação também é um problema complicado”, afirmou
Em 2023, a Câmara também pretende finalizar os projetos da incubadora de empresas e da empreitada de reforço do abastecimento de água, que ainda não foram concluídos devido às “dificuldades das empresas” em “encontrar pessoal" e "obter material”.
Em termos de previsões para 2023, o autarca disse esperar um “ano difícil” para as famílias e empresas devido ao “aumento do custo de vida”.
“O município tem algumas restrições porque a totalidade dos programas de apoio que temos é na área das despesas correntes. Vamos ter de gerir bem quais são as grandes necessidades do concelho”, reforçou.
A Assembleia Municipal das Lajes das Flores, o concelho mais ocidental da Europa, é composta por oito deputados do PS e sete da coligação PSD/CDS-PP/PPM.