Açoriano Oriental
Universidade do Minho
Julgamento de ex-aluno marcado para quinta-feira
O julgamento de um ex-aluno da Universidade do Minho que, em Junho de 2007, alegadamente esfaqueou um professor  da instituição está marcado para quinta-feira no Tribunal de Braga.
Julgamento de ex-aluno  marcado para quinta-feira

Autor: Lusa/AO Online

O julgamento foi já adiado duas vezes, a primeira por falta de notificação de testemunhas e a segunda devido à sua ausência do arguido.

O ex-aluno - proibido pelo tribunal de frequentar a Universidade do Minho (UMinho) e a própria cidade de Braga - foi acusado da prática de um crime de homicídio, na forma tentada.

O caso ocorreu a 14 de Junho de 2007, por volta do meio-dia, quando o estudante do curso de Direito entrou no gabinete do docente, presidente da Escola de Direito, Luís Gonçalves, e, depois de reivindicar um estatuto especial por sofrer de gaguez, pegou numa faca de cozinha que tinha numa pasta e desferiu-lhe alguns golpes, ferindo-o, ainda que sem gravidade.

O arguido, que tinha um exame sobre Direito de Família marcado para o começo da tarde, exigiu, na ocasião, ao professor a concessão de um estatuto especial, argumentando que tinha uma deficiência que o justificava e apresentando documentos médicos sobre a gaguez.

Segundo a acusação, a meio da conversa o ex-aluno enervou-se, acusando Luís Gonçalves de não o apoiar e de não querer ajudá-lo a resolver o problema.

A alegada agressão veio a terminar com a intervenção de terceiros. O professor sofreu ferimentos na face do hemitorax direito, no braço direito, na região frontal e várias escoriações na área do abdómen.

Fontes oculares adiantaram, na ocasião, à agência Lusa que o professor foi para o hospital pelo próprio pé, mas "com a cara e a roupa toda ensanguentada".

O Ministério Público acusou o estudante S. Bruno do crime de homicídio na forma tentada, defendendo que este procurou atingir, com a faca, o corpo do ofendido em zonas vitais, procurando, assim, tirar-lhe a vida, não o conseguindo porque a vítima conseguiu impedi-lo.

O aluno, do pólo de Braga da UMinho, residente em Barcelos, ficou também proibido de entrar na cidade de Braga e obrigado a apresentar-se periodicamente no posto policial próximo da residência.

As medidas de coacção visaram impedir que o arguido tentasse, de novo, abeirar-se de dois professores da UMinho, alegadamente também alvo da sua ira.

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