Autor: Lusa
O grupo parlamentar do PCP pediu hoje, em requerimento dirigido ao Ministério do Trabalho, uma fiscalização à empresa, alegando haver violação dos direitos dos funcionários, através de despedimentos e recurso a mão-de-obra temporária para a montagem dos computadores Magalhães.
Segundo o deputado Honório Novo, a JP Sá Couto começou por contratar 160 trabalhadores "completamente precários" a empresas de mão-de-obra temporária, que tem vindo a despedir ao longo deste ano, restando agora cerca de 50 a 60 funcionários.
Se os Magalhães "representam um tipo de trabalho permanente", o deputado comunista pergunta "por que é que estão lá a trabalhar pessoas neste regime quase escravo".
Em comunicado, a JP Sá Couto defende que, em 20 anos de actividade, "tem pautado a sua actuação pelo respeito dos direitos dos trabalhadores e pelo contínuo investimento na formação dos mesmos", não tendo tido "qualquer processo judicial de natureza laboral".
A empresa salienta que "já foi fiscalizada" pelas autoridades, "não tendo sido registadas quaisquer irregularidades", considerando "caluniosa e destituída de qualquer fundamento" a afirmação do deputado comunista de que há funcionários a trabalhar em regime de "quase escravatura".
A JP Sá Couto "estranha" que o deputado Honório Novo "reiteradamente profira declarações falsas" sobre a empresa, "sem nunca sequer ter solicitado qualquer informação, esclarecimento ou visita às suas instalações".