Açoriano Oriental
Covid-19
Jerónimo lembra que sufrágio elege deputados e não presidente do executivo

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, lembrou este sábado que as eleições deste mês nos Açores servirão para eleger deputados e não um presidente do Governo Regional, pedindo nesse sentido o reforço dos votos na CDU.

Jerónimo lembra que sufrágio elege deputados e não presidente do executivo

Autor: AO Online/ Lusa

"Estas eleições são para eleger deputados e quantos mais deputados a CDU eleger melhor defendidos estarão os direitos do povo", declarou Jerónimo de Sousa, numa sessão política em Ponta Delgada que junta comunistas e ecologistas.

A CDU elegeu nas legislativas regionais de 2016 um deputado, João Paulo Corvelo, da ilha das Flores, sendo que este ano o comunista não é candidato.

Para Jerónimo de Sousa, "queiram os trabalhadores e o povo açoriano" dar a "força necessária" à CDU e "mais justiça social, mais desenvolvimento e melhores condições de vida" serão garantidos na região.

"Estas duas semanas [de campanha eleitoral] são de grande importância no trabalho do esclarecimento", acrescentou ainda o líder comunista, mesmo reconhecendo dificuldades acrescidas em virtude da pandemia de covid-19.

No que se refere ao programa da CDU para o sufrágio, Jerónimo de Sousa disse que "vale pela diferença, a diferença de uma força que honra os compromissos assumidos, que respeita a palavra dada", e garante a "defesa de direitos, o valorizar dos salários e o alargar da proteção social".

Numa breve passagem por temas de âmbito nacional, e em vésperas de o Orçamento do Estado para 2021 ser apresentado, Jerónimo de Sousa lembrou que "o Orçamento não é tudo", e há "questões que não se esgotam" no documento.

"Falamos no aumento geral dos salários para os trabalhadores do setor privado, do setor público e da administração pública, que tiveram dez anos os salários congelados. Falamos do aumento do salário mínimo nacional para 850 euros no curto prazo, da revogação de normas gravosas da legislação laboral", declarou.

O "reforço decisivo dos serviços públicos no seu conjunto, e na saúde em particular", foi também defendido pelo dirigente comunista, para quem o país e os Açores "precisam de construir um caminho capaz de dar expressão a uma política alternativa" e que passa pelo reforço eleitoral da CDU.

As eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.


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