Autor: Lusa/Ao on Line
“Estou de acordo com a posição do líder do PSD de que, se não houver as alterações de não forçar a carga fiscal, isto chegou a um ponto que estamos a discutir um orçamento quando o problema é de regime”, sustentou Alberto João Jardim, à chegada ao Funchal.
“Andamos para aí a comemorar a I República, a terceira República falhou também e, portanto, isto é antes de mais uma questão de regime”, declarou.
Para Alberto João Jardim, “é preciso mudar o regime e mudar a Constituição, depois vem a questão do orçamento".
"Estamos numa pescadinha de rabo na boca. Carrega-se nos impostos, diminui-se a competitividade das empresas, diminui-se o poder de compra dos portugueses, aumenta-se o desemprego. Ao se aumentar o desemprego e ao se reduzir o poder de compra, diminuem novamente as receitas, há menos descontos, menos impostos, e, toca outra vez, a carregar nos impostos”, referiu o dirigente social democrata, comentando as novas medidas de austeridade do Governo socialista de José Sócrates.
Para o governante madeirense, “entrou-se no sistema de pescadinha de rabo na boca e, quando o regime chegou a este ponto, é preciso quebrar o enguiço, eu acho que uma quebra de governo ajuda a quebrar o enguiço”.
Contrariando a opinião do ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa de que o partido deveria abster-se para fazer passar o Orçamento do Estado para 2011, Alberto João Jardim admite haver pessoas que “ainda acreditam no sistema e estão no direito de acreditar no Pai Natal”.
“Eu acredito no Menino Jesus, não acredito no Pai Natal”, ironizou.