Autor: Lusa /AO Online
“A nossa solução não é selvagem é determinada e rápida, sem prejudicar e sem desvalorizar os ativos que são públicos e, portanto, são de todos os contribuintes”, disse João Cotrim de Figueiredo durante um passeio nas docas de Alcântara, em Lisboa.
Contudo, o liberal preferiu não fazer mais comentários porque André Ventura “muda de opinião a cada dois dias”.
“Eu prefiro só comentar as declarações do Chega depois de algum tempo porque é natural que daqui a dois dias diga o contrário do que disse, portanto, iria estar sempre a comentar coisas diferentes”, afirmou.
No sábado, o presidente do Chega disse que é contra “uma privatização selvagem” da TAP “à moda da Iniciativa Liberal”, mas defendeu que a companhia tem de servir não apenas Lisboa, mas todo o território nacional.
João Cotrim de Figueiredo defendeu, novamente, que não deveria ter sido investido um euro na TAP sem uma ideia clara de como é que o Estado iria sair da companhia aérea.
“Agora já há uma maioria de portugueses, segundo um estudo de opinião, que concorda connosco porque percebeu que não faz sentido um país com tantas carências investir mais de três mil milhões de euros, talvez mais do que isto, para salvar uma única companhia”, frisou.
E acrescentou: “isto é dois terços da coleta anual do IRC, isto é mais do que receberam as empresas todas em ‘lay-off’ simplificado na primeira vaga [da pandemia]”.
Na opinião do presidente da Iniciativa Liberal, o Estado deve sair da TAP e entregá-la a quem saiba tratar de aviação comercial que, considerou, não é o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Cotrim de Figueiredo, que defende a privatização “imediata e responsável” da TAP e o escrutínio de qualquer euro lá investido, propôs uma auditoria do Tribunal de Contas ao processo de nacionalização da companhia aérea.