Autor: Lusa/AO Online
No sábado, a Câmara de Ponta Delgada anunciou que suspendeu a obra de requalificação da cobertura do Mercado da Graça “por motivos de segurança”, devido à inexistência de projeto contra incêndios, e que ia abrir um processo de averiguações.
A maior autarquia da ilha de São Miguel referia ainda que o projeto foi “da autoria e [foi] iniciado” pelo anterior executivo (também do PSD).
Num comunicado enviado às redações, a IL revela que a deputada do partido na Assembleia Municipal de Ponta Delgada, Alexandra Cunha, entregou hoje à presidente da mesa daquele órgão "uma proposta de constituição de uma comissão municipal de inquérito ao processo relativo às obras de requalificação do Mercado da Graça".
A IL justifica que a proposta visa "o cabal esclarecimento de toda a polémica em torno da decisão comunicada, esta semana, pelo executivo camarário de maioria social-democrata, de suspensão das obras, por alegada falta de projeto de combate a incêndios".
Os liberais entendem que uma comissão municipal de inquérito "é a solução para se perceber toda a controvérsia".
A deputada da IL na Assembleia Municipal, citada na nota divulgada pelo partido, critica “a dramática tentativa de desresponsabilização, inadmissível e inaceitável”, do atual presidente do município.
“Todo o processo relativo às obras de requalificação do Mercado da Graça está envolto em dúvidas que se adensaram agora com a determinação da Câmara Municipal de Ponta Delgada em suspender as obras, alegadamente ‘por motivos de segurança’, devido à inexplicável inexistência de projeto contra incêndios", aponta a deputada municipal.
Alexandra Cunha frisa que todo o projeto das obras do Mercado da Graça "é da única e exclusiva responsabilidade de executivos municipais de maioria social-democrata".