Autor: Lusa/AO Online
Em requerimento entregue na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, o parlamentar diz ter sido contactado por responsáveis médicos do Hospital da Terceira após “informações públicas e publicadas na imprensa regional dando nota de falta de recursos médicos para assegurar em condições de qualidade e segurança os serviços de urgência”.
“Responsáveis médicos, prestadores de serviço nas urgências desta unidade hospitalar apresentaram à Representação Parlamentar da IL/Açores queixas relativamente ao insuficiente número de médicos por turno naquele serviço hospitalar”, afirma o deputado, citado em nota de imprensa.
Nuno Barata salvaguarda que “tais responsáveis alegam que é manifestamente insuficiente quatro elementos médicos a compor uma equipa de serviço de urgência, em dias úteis até às 16:00, desresponsabilizando-se de possíveis desfechos desfavoráveis na prestação de cuidados aos utentes”.
Segundo os liberais, “no turno entre as 20:00 e as 08:00, fica apenas um médico de serviço nas urgências do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira”, sendo que “os médicos prestadores de serviço nas urgências sentem-se entregues à sorte, apontando que já fizeram tais alertas a quem de direito e que não se vislumbraram alterações ao nível dos procedimentos”.
A IL/Açores refere que “o Conselho de Administração da unidade hospitalar justifica-se com férias de pessoal, admite a existência de queixas verbais e escritas, mas recusa perigo de colapso nas urgências hospitalares” na ilha Terceira.
O deputado quer apurar se “o Governo Regional tem conhecimento formal das queixas verbais e escritas apresentadas por responsáveis médicos do serviço de urgência do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira quanto à manifesta insuficiência de recursos humanos naquele serviço, que podem perigar na prestação de cuidados diferenciados aos utentes”.
Nuno Barata questiona sobre “quando foram tornadas públicas e publicadas na imprensa as queixas referidas” e se o Governo Regional fez alguma diligência “junto da administração hospitalar ou dos clínicos queixosos no sentido de perceber os reais motivos das queixas apresentadas”.
A IL/Açores quer saber “quais são as linhas orientadoras definidas pelas organizações de saúde quanto à composição mínima do quadro de médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes e auxiliares necessários ao normal e eficiente serviço das urgências hospitalares, respetivamente no Hospital da Ilha Terceira”.
“Considera o Governo Regional que quatro médicos por turno, no período entre as 08:00 e as 16:00, nos dias úteis, é o adequado para a prestação de um serviço de qualidade e sem colocar em causa a responsabilidade dos médicos de serviço?”, questiona ainda o deputado.