Açoriano Oriental
Governo reduz previsão de crescimento para 2,2%
O Governo apresentou hoje a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2008, onde revê em baixa o crescimento da economia no próximo ano, para 2,2 por cento, valor que representa, no entanto, o regresso ao processo de convergência com a Europa.

Autor: Lusa / AO online
    O ritmo de crescimento projectado para a economia portuguesa no próximo ano traduz uma revisão em baixa face à última previsão governamental, datada de Dezembro de 2006, que apontava para um crescimento de 2,4 por cento.

    Só que, apesar desta revisão em baixa, a economia portuguesa crescerá a um ritmo 0,1 pontos percentuais mais rápido do que a média da Zona Euro, que se prevê seja de 2,1 por cento, depois de 2006 e 2007 terem sido anos de divergência real.

    A aceleração do crescimento económico de 0,4 pontos percentuais será suportada pelo aumento das exportações, que crescerão 6,7 por cento, e pelo investimento, que quadruplicará a taxa de crescimento, face aos valores estimados para 2007, atingindo 4 por cento.

    A justificar a revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) está a revisão do consumo privado (de 2,0 para 1,4 por cento) e o corte ligeiro na previsão das exportações (revisão de 0,1 pontos para 6,7 por cento).

    A previsão de crescimento do PIB para 2007 não foi alterada, mantendo-se em 1,8 por cento.

    Ao nível do consumo público, espera-se uma queda de 1,1 por cento em 2008, com o Estado a contrair ainda mais os seus gastos (em 2007 esse consumo deve baixar 0,4 por cento).

    As importações, que limitam o crescimento, devem expandir-se em 3,9 por cento no próximo ano, próximas dos 3,8 por cento esperados para 2007.

    O contributo da procura interna (consumo e investimento) para o PIB aumenta em 2008, segundo o Executivo, a beneficiar do investimento, que crescerá 4,0 por cento.

    O relatório do orçamento, disponível no site da Assembleia da República, diz que a actualização do cenário macroeconómico justificou-se porque a Comissão Europeia reviu em alta as taxas de juro e o preço do petróleo, ao mesmo tempo que cortou a previsão de crescimento económico da Zona Euro.

    Ao nível dos preços, o Governo reviu em alta a previsão de taxa de inflação para 2007, para os 2,3 por cento, esperando depois uma descida para os 2,1 por cento em 2008.
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