Açoriano Oriental
Governo e sindicatos voltam à discussão para uma negociação suplementar
O Governo e os sindicatos da Função Pública voltam hoje à mesa das negociações para uma ronda suplementar sobre a actualização salarial, no rescaldo da greve e depois do executivo ter garantido que não vão haver aumentos intercalares.

Autor: Lusa/Ao online

O pedido de negociação suplementar foi feito pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), depois do Governo ter encerrado as negociações salariais com um aumento de 2,1 por cento, em linha com a inflação prevista.

    A negociação suplementar é um instrumento previsto na lei, podendo ser solicitada pelas estruturas sindicais, no prazo de cinco dias úteis após a conclusão das negociações.

    Apesar de ter sido solicitada por apenas uma estrutura sindical, a ronda de negociação suplementar abrange todos os parceiros, pelo que o STE é recebido às 09:30, segue-se a Frente Comum (10:45) e a Frente Sindical da Administração Pública (12:00).

    Esta reunião vai decorrer depois da greve de sexta-feira, convocada pelas três estruturas sindicais para protestar contra a intransigência do Governo que terminou as negociações com um aumento de 2,1 por cento, o mesmo valor que propôs desde o início.

    Os números da adesão à greve, como já vem sendo habitual, foram muito diferentes, com o Governo a avançar com uma participação na ordem dos 21 por cento, enquanto que os sindicatos apontaram para uma adesão de 80 por cento.

    No dia da greve, o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, disse que, apesar das propostas sindicais, não haverá nenhum aumento intercalar para os funcionários públicos em 2008.

    "O Governo faz uma proposta de aumentos salariais de 2,1 por cento porque está convicto de que a inflação não irá ultrapassar este valor. Se não for assim a situação terá de ser vista na próxima negociação salarial", sublinhou João Figueiredo.

    Dias antes o ministro das Finanças e da Administração Pública, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou na Assembleia da República que "se houver qualquer desvio [inflação], daqui por um ano a matéria estará em cima da mesa das negociações".

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