Autor: Susete Rodrigues/AO Online
“Evidentemente que teremos um impacto indireto desta saída da Grã Bretanha da União Europeia porque fazemos parte da União Europeia e há muito impacto em relação ao todo europeu”, considerou Rui Bettencourt, que falava aos jornalistas à margem da reunião da Comissão Interdepartamental para os Assuntos Europeus e Cooperação Externa (CIAECE), sublinhando que “não haverá nenhum impacto particular em relação aos Açores”.
Segundo nota do executivo, para o governante, “pode haver algum impacto, mas são pequeníssimos impactos que não têm a dimensão que terá, por exemplo, na Madeira em relação ao turismo ou no Algarve, ou que terá em relação a algumas indústrias no todo nacional".
O titular da pasta das Relações Externas adiantou ainda que, neste caso, “não serão necessárias medidas particulares”, mas salientou que “pode haver ajustamentos aqui ou ali, à medida que o 'Brexit' se for efetivando e em relação às condições que houver dessa saída”.
Rui Bettencourt disse ainda, citado na mesma nota, que nesta reunião da CIAECE, que contou com a participação de vários departamentos do Governo, além do 'Brexit' e do Plano de Preparação e Contingência para a saída do Reino Unido da União Europeia, também foi abordado o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, numa altura em que o Parlamento Europeu, a Comissão e o Conselho “vão entrar em fase de diálogo e num debate a três”.
Para o secretário regional, os próximos tempos serão de “atenção, sensibilização e influência em relação aos Estados Membros”, embora persistam algumas dúvidas em relação ao próximo Parlamento e à aprovação do Quadro Financeiro tendo em conta o facto de haver eleições europeias a 26 de maio.