Autor: Lusa
O Conselho do Governo, reunido na vila de Santa Cruz da Graciosa, no âmbito de uma visita estatutária de dois dias, aprovou o decreto regulamentar regional que contém os respetivos estatutos e o correspondente quadro de pessoal dirigente.
“O IVVA é uma grande ambição de todos nós, dos vários governos [regionais], dos açorianos e também do setor, das adegas, das cooperativas e das empresas privadas, porque irá permitir ombrear com o IVV nacional [e] o IVV da Madeira”, segundo o secretário regional da Agricultura e Alimentação, que fez a leitura do comunicado.
António Ventura acrescentou que com o IVVA também passa a haver na Região Autónoma dos Açores “um melhor pensamento crítico e contributo para as políticas públicas da vinha e do vinho”.
O governante lembrou que o executivo de coligação elaborou em 2022 vários planos estratégicos, e um deles foi o da vinicultura, sendo que a sua operacionalização ficará a cargo do IVVA.
“Nós estamos em crer que esse instrumento será uma forma de levar avante, de dignificar e dar importância também política, económica e institucional a um setor emergente”, disse.
Ventura lembrou que na região se verifica vitalidade, dinamismo e resiliência por parte de produtores e de entidades a que “é preciso dar resposta no âmbito da política pública”.
Questionado sobre quem irá presidir ao IVVA, o governante adiantou que termina esta quarta-feira o prazo concursal para o dirigente máximo e até agora é conhecida a candidatura de Cláudio Lopes, embora seja necessário esperar até à próxima semana, porque podem chegar outras eventuais candidaturas por correio.
Referiu que Cláudio Lopes “tem uma história no âmbito da vinha e do vinho” e é conceituado no “mundo da vitivinicultura”.
“Para nós [Governo Regional], é um grande orgulho que o engenheiro Cláudio Lopes possa ter concorrido a este cargo de dirigente”, assumiu.
De acordo com o executivo açoriano, nas últimas três décadas “verificou-se uma marcante e positiva dinâmica no setor vitivinícola regional, quer na vertente produtiva, através da reconversão e reabilitação de mais de mil hectares de vinha, quer no surgimento de mais de três dezenas de agentes económicos”.
“Em sequência a estes desenvolvimentos, a região presenciou a criação de uma vasta gama de vinhos e de outros produtos vitivinícolas de elevada qualidade, com reconhecida aceitação nos mercados e presença honrosa em certames nacionais e internacionais”, acrescenta.
Nos últimos quatro anos, as referências comerciais de vinho nos Açores “evoluíram das 62 para as 156” e o número de agentes económicos passou de 22 para 34.
O decreto legislativo regional, aprovado em dezembro de 2024 no parlamento açoriano, que criou o IVVA, foi publicado em Diário da República no dia 21 de janeiro.
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