Autor: Lusa/AO Online
O relatório final da agência nacional de segurança nos transportes da Indonésia, conhecido na terça-feira, indicou que uma falha no sistema que controlava o leme do Airbus A320-200 esteve na origem uma série de acontecimentos que geraram o acidente.
No entanto, foi a decisão do piloto de reiniciar o sistema, que desligou o piloto automático do avião, e a inexperiência de voo em situações inesperadas e críticas que fez com que a aeronave ficasse numa situação da qual não conseguiu recuperar.
Segundo a investigação, “a tripulação não estava treinada para a recuperação” do voo numa situação em que a atitude ou velocidade da aeronave fique fora dos padrões normais de operação, acrescentando que o avião entrou numa “condição de bloqueio prolongado que foi além da capacidade de recuperação da tripulação”.
O relatório disponibiliza os mais recentes pormenores sobre a queda do avião a 28 de dezembro do ano passado, durante o que deveria ter sido um voo de rotina entre a cidade indonésia de Surabaia e Singapura.
Os corpos de 56 pessoas nunca foram recuperados, apesar de uma extensa operação internacional de busca.
Os investigadores tinham inicialmente atribuído o acidente às más condições atmosféricas, mas novas descobertas mostram que falhas no equipamento e formação desadequada deram também o seu contributo.
Uma falha mecânica no sistema de leme – que já tinha causado problemas 23 vezes no ano anterior – lançou repetidos alertas aos pilotos.
O copiloto assumiu o controlo enquanto o piloto tentava resolver a falha, mas não foi capaz de lidar com a situação e o avião despenhou-se.