Autor: Lusa/AO Online
No
total, e face aos 188.869 contabilizados em 2023, o número de
visitantes cresceu para 222.958, assinalou a autarquia, que organiza o
evento. Em declarações à Lusa, o presidente
da câmara, Rui Moreira, interpretou o facto de o certame continuar a
aumentar de ano para ano o número de visitantes pelo facto de a
autarquia “parecer saber interpretar o que as pessoas querem”. Reportando-se
aos números contabilizados, o autarca considerou que o aumento
verificado “é muito impressionante na medida em que no ano passado o
[crescimento] tinha sido muito bem-sucedido [20%]”. “Fui
lá umas seis ou sete vezes e percebi que as pessoas estavam
satisfeitas, acho que as acessibilidades dos ‘stands’ foi uma coisa de
que as pessoas gostaram muito. Bem sei que este ano não tivemos chuva,
felizmente, o que é uma coisa estranha porque a feira do livro tem essa
tradição”, relatou Rui Moreira do evento que este ano teve 130 ‘stands’
de livreiros, alfarrabistas e editores nacionais e estrangeiros e
centenas de atividades programadas. Moreira
prosseguiu: “Outra coisa que as pessoas gostaram muito foram as
atividades para as crianças, ou seja, parece que conseguimos equilibrar a
feira propriamente dita – em que o que queremos é que quem lá vá venda
livros -, com as atividades culturais que depois desenvolvemos e as
atividades para as crianças, que atraem um público muito importante”. Enfatizando
que “foi bom perceber” que “mais que uma feira do livro, o Porto tem um
festival literário para todos os públicos”, o autarca afirma-se
descansado quanto ao futuro da feira neste modelo, apesar de o seu
mandato na autarquia terminar no final de 2025. “No
próximo ano, o modelo da feira do livro ainda será da minha
responsabilidade, portanto será igual […], mas depois quem vier terá de
decidir se continua a organizar sozinho ou com a APEL [Associação
Portuguesa de Editores e Livreiros]. Aliás, temos tido conversas com os
novos administradores da APEL, que veem interesse em reatar uma relação
com a câmara que eles interromperam lá atrás”, revelou. E
prosseguiu: “O que me parece importante é que já se criou uma dinâmica
em que ninguém vai permitir que não haja feira do livro e isso
tranquiliza-me”. Sobre a existência de
modelos alternativos, Rui Moreira não vê impedimento em que o certame
volte a ter a APEL como parceira: “Não há nenhum problema”. “Quem
vier depois de mim terá um ano para pensar o que quer fazer e com
certeza que fará as suas escolhas. Tenho a certeza que não fará igual,
seria péssimo que fizesse igual, é bom que faça diferente porque a vida
das cidades é feita dessas diferenças”, concluiu Rui Moreira. O
executivo liderado por Moreira (eleito pela primeira vez para o cargo
em 2013) assumiu a organização da Feira do Livro do Porto em 2014,
devido a um diferendo com a APEL quanto aos custos da iniciativa,
levando à criação do modelo que se mantém até hoje.