Açoriano Oriental
Sociedade
Família permanece na casa ameaçada de derrocada
Para a Direcção Regional da Habitação, o casal e o filho de 25 anos estão em casa da filha, mas a família não arredou pé da sua casa porque a filha não tem condições para os receber e porque temem perder os poucos bens que têm

Autor: Paula Gouveia
Os três elementos da família que reside na casa ameaçada de derrocada desde domingo, no Cabouco, permanecem na habitação.
Acordaram com as entidades, presentes no próprio dia do desabamento do terreno, que iriam passar a noite a casa da filha, mas não chegaram a sair da sua casa. José Francisco, Maria Teresa e o filho de 25 anos passaram as últimas quatro noites na sua habitação.
Como explica o casal, a casa da filha não tem condições para os receber, mas no dia da derrocada, com a agitação nem lhes ocorreu dizer isso mesmo às entidades que compareceram no local, entre as quais a Direcção Regional da Habitação.
É o receio de perderem os seus bens que os faz não arredarem pé da sua casa. Têm a certeza de que assim que abandonassem a sua residência haveria quem retirasse proveito das poucas coisas que possuem. Estão conscientes do perigo e confessam ter medo, mas só equacionam sair  para um lugar que lhes permita levar os seus bens. Olham com apreensão as rachas que percorrem o cimento do pequeno quintal que dividia a garagem que ruiu da habitação que ainda os abriga. Para Maria Teresa qualquer pequeno ruído é motivo de susto, pois como conta José, foi assim que no domingo à tarde a derrocada se anunciou: com o ruído de cimento a estalar. Para já, estranham o silêncio das entidades públicas.  “Já passaram três dias e ninguém perguntou se precisávamos de mais alguma coisa”, diz Maria Teresa desanimada. “Quando é que eles vêm?”, pergunta, para logo acrescentar: “é quando isto cair em cima de nós”.
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