Autor: Pedro Nunes Lagarto
Para se ter uma ideia da escassez de meios humanos basta dizer que o Centro de Saúde de Ponta Delgada, por sinal o único na ilha de São Miguel que serve dois concelhos - Ponta Delgada e Lagoa - tem 24 médicos para um quadro de 56, o que se reflecte na capacidade de resposta: a taxa de cobertura da população utente (80 mil ) ronda os 50 por cento, ou seja, metade dos pontadelgadenses e dos lagoenses não tem especialista em medicina geral e familiar.
A maioria dos intervenientes nas “IX Jornadas de Medicina Geral e Familiar”, que tiveram inicio ontem em Ponta Delgada, pergunta como é possível se ter chegado à presente situação, tanto mais que o Serviço Regional de Saúde é pioneiro (pela positiva) em diversas áreas.
Fontes e Sousa, responsável da delegação nos Açores da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, tem uma ideia muito própria acerca da evolução dos últimos anos: “Nos Açores, tal como no continente, faltam especialistas em clínica geral e familiar, porque durante muito tempo os Governos dedicaram maior atenção à falta de recursos nas especialidades e, por outro lado, porque colegas da área da medicina consideram que trabalhar num centro de saúde equivale a ser-se “médico de segunda””.
Mas, se representantes da classe, autarcas e até governantes admitem que o número de médicos de família que serve a população açoriana não é suficiente para uma resposta eficaz, diferente é a opinião sobre as medidas a tomar para resolver o problema.
Por exemplo, a autarca Berta Cabral considera que a solução não passa por medidas paleativas pois cumpre “ alterar o modelo e torná-lo mais próximo das pessoas, fazendo com que todos tenham acesso a médico”.
Fontes e Sousa concorda com a criação de incentivos para a fixação de novos médicos, mas pergunta o que tem sido feito em prole dos que já estão no sistema.
Quanto ao Secretário Regional que tutela a Saúde , Domingos Cunha, garante que a situação tem vindo a ser acompanhada pelo Governo e , “prova disso”, diz, foi a recente aprovação de um diploma regional, a 25 de Outubro, no qual se reformula o Sistema de Incentivos à fixação de pessoal médico na especialidade de Medicina Geral e Familiar.
Os incentivos consistem na concessão de um acréscimo salarial mensal durante um período de cinco anos, num subsídio de instalação durante seis meses e de montante decrescente, e no apoio também decrescente, no subsídio de alojamento.
A maioria dos intervenientes nas “IX Jornadas de Medicina Geral e Familiar”, que tiveram inicio ontem em Ponta Delgada, pergunta como é possível se ter chegado à presente situação, tanto mais que o Serviço Regional de Saúde é pioneiro (pela positiva) em diversas áreas.
Fontes e Sousa, responsável da delegação nos Açores da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, tem uma ideia muito própria acerca da evolução dos últimos anos: “Nos Açores, tal como no continente, faltam especialistas em clínica geral e familiar, porque durante muito tempo os Governos dedicaram maior atenção à falta de recursos nas especialidades e, por outro lado, porque colegas da área da medicina consideram que trabalhar num centro de saúde equivale a ser-se “médico de segunda””.
Mas, se representantes da classe, autarcas e até governantes admitem que o número de médicos de família que serve a população açoriana não é suficiente para uma resposta eficaz, diferente é a opinião sobre as medidas a tomar para resolver o problema.
Por exemplo, a autarca Berta Cabral considera que a solução não passa por medidas paleativas pois cumpre “ alterar o modelo e torná-lo mais próximo das pessoas, fazendo com que todos tenham acesso a médico”.
Fontes e Sousa concorda com a criação de incentivos para a fixação de novos médicos, mas pergunta o que tem sido feito em prole dos que já estão no sistema.
Quanto ao Secretário Regional que tutela a Saúde , Domingos Cunha, garante que a situação tem vindo a ser acompanhada pelo Governo e , “prova disso”, diz, foi a recente aprovação de um diploma regional, a 25 de Outubro, no qual se reformula o Sistema de Incentivos à fixação de pessoal médico na especialidade de Medicina Geral e Familiar.
Os incentivos consistem na concessão de um acréscimo salarial mensal durante um período de cinco anos, num subsídio de instalação durante seis meses e de montante decrescente, e no apoio também decrescente, no subsídio de alojamento.