Autor: Rui Jorge Cabral
O piloto micaelense de 53
anos, empresário de profissão, começou nos ralis ainda nos anos 80, como
navegador do piloto Gomes Pereira e, durante alguns anos, esteve
retirado dos ralis. Gilberto Ferreira andou também nas motas, tendo
sido piloto de motocrosse, antes de ir para os automóveis. O regresso
aos ralis, já como piloto, dá-se já no início dos anos 2000, com um
Toyota Yaris, passando depois para um Toyota Corolla T-Sport. Em 2012,
Gilberto Ferreira adquire um Toyota Starlet de tração traseira, um
clássico dos ralis que teve muito sucesso em Portugal nos anos 80 e com o
qual fez alguns ralis “mais por brincadeira, fazendo um rali aqui e
outro ali, mas não o campeonato”, recorda o piloto.
Finalmente, em
2017, Gilberto Ferreira adquiriu a outro piloto micaelense, Tiago Mota, o
seu atual Ford Escort RS Cosworth, um antigo Grupo N já com cerca de
270 cavalos de potência, sem dúvida o melhor carro que alguma vez guiou e
com o qual terminou em 6.º lugar e primeiro da classe VSH o Lotus
Rallye 2018, a prova que encerrou o Campeonato dos Açores de Ralis do
ano passado. Nos últimos anos, Gilberto Ferreira tem sido navegado pelo
terceirense Manuel Lemos.
Também como nos tempos do Toyota
Starlet, Gilberto Ferreira continua a não fazer ralis assiduamente com o
Ford Escort RS Cosworth, tendo em 2018 realizado apenas três provas,
mas admitindo, contudo, estar à partida do Azores Rallye, a prova de
abertura do campeonato açoriano e do campeonato europeu deste ano. “E
vamos continuar assim, dentro das possibilidades”, conclui.
São Miguel devia ter dois ralisprint de um dia “que são fáceis de fazer”
O
piloto Gilberto Ferreira gostaria de ver realizar-se em São Miguel
algumas provas em formato ralisprint de um dia, no mesmo troço, “porque
são provas fáceis de fazer e sem muitos quilómetros”, afirma.
Por
isso, defende que em São Miguel deveriam realizar-se anualmente, para
além das duas provas do regional, mais duas provas locais, sobretudo
para aqueles pilotos que não podem fazer o regional. Alias, sobre fazer o
Campeonato dos Açores de Ralis, Gilberto Ferreira considera-o “fora de
questão”, pelo número de provas e pelas reduzidas ajudas das
organizações, onde “até nos podem dar as passagens de avião, mas depois
cobram-nos uma inscrição, o que é quase o mesmo que nada”, lamenta o
piloto.