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"Estado de Guerra" recolhe principais Óscares
Kathryn Bigelow fez história no domingo na 82ª edição dos Óscares ao ser a primeira mulher a vencer na realização e ao derrubar "Avatar", de James Cameron, na categoria de melhor filme.
"Estado de Guerra" recolhe principais Óscares

Autor: Lusa/AO Online

"Estado de guerra", drama de guerra passado no Iraque, conquistou seis Óscares de um total de nove nomeações, entre os quais os mais cobiçados: melhor filme e realização.

Com um filme de baixo custo, sobre uma equipa militar que desmantela bombas no Iraque, Kathryn Bigelow derrubou o colosso tecnológico e financeiro, "Avatar", do seu ex-marido James Cameron.

"Avatar" estava nomeado também para nove Óscares, mas recebeu apenas três nas categorias de direção artística, fotografia e efeitos visuais.

"Estado de guerra", estreado em 2009 em Portugal, foi distinguido pela Academia de Hollywood ainda no argumento original, do jornalista Mark Boal, na montagem e em duas categorias de som.

É uma atribuição histórica sobretudo para Kahryn Bigelow que, aos 58 anos, conquista um prémio na sua estreia nos Óscares e é a primeira mulher a receber a mais desejada das estatuetas.

Kathryn Bigelow, a mesma que rodou nos anos 1990 "Ruptura Explosiva", dedicou o prémio aos militares que passaram por situações de conflito, em particular a guerra no Iraque.

Além de "Avatar", outro dos derrotados da noite foi "Sacanas sem lei", de Quentin Tarantino, que viu apenas ser distinguido o ator austríaco Christoph Waltz na representação secundária.

Sandra Bullock, atriz associada sobretudo a comédias românticas foi eleita, logo na estreia nas nomeações, a melhor atriz principal pelo filme "Um sonho possível".

Jeff Bridges, ao fim de cinco nomeações, conseguiu o Óscar de melhor ator por "Crazy Heart".

O drama "Precious" de Lee Daniels, conquistou dois Óscares: melhor argumento adaptado e melhor atriz secundária, pelo papel de Mo´nique.

Contra todas as expetativas, "El secreto de sus ojos", do cineasta argentino Juan Jose Campanella, recebeu o prémio de melhor filme estrangeiro.

Sem surpresas, "Up - Altamente", de Pete Docter, foi eleito o melhor filme de animação e "The cove - A baía da vergonha", sobre a captura ilegal de golfinhos no Japão, foi considerado o melhor documentário.

A cerimónia, no Kodak Theatre, foi conduzida pelos atores Steve Martin e Alec Baldwin e apesar de aparecido pouco, foram incisivos no humor, maioritariamente direcionado para os filmes e protagonistas nomeados.

A 82ª edição foi bastante mais sóbria que a edição de 2009 com menos momentos musicais e com várias soluções de apresentação dos vencedores.

O ator Ben Stiller, disfarçado de habitante do planeta Na´vi, de "Avatar", apresentou o Óscar de melhor caracterização, o estilista Tom Ford apresentou o galardão de guarda-roupa.

Um dos raros momentos musicais foi protagonizado por James Taylor para recordar algumas das figuras do cinema desaparecidas em 2009 e 2010, como Eric Rohmer, John Hughes, Jennifer Jones, Roy Disney e Karl Malden.

Roger Corman, Lauren Bacall e Gordon Willis foram homenageados com prémios de consagração e houve ainda tempo para prestar tributo ao cinema de terror.

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