Autor: Lusa/AO Online
"Foi decidido distribuir o mesmo valor dos resultados, ou seja, o valor que nós obtivemos, 16,5 milhões de euros, vai ser distribuído por dividendos", realçou o presidente do conselho de administração da EDA, Duarte Ponte, em declarações à Lusa, no final da reunião.
A distribuição de dividendos pelos acionistas da EDA, empresa detida maioritariamente pelo Governo dos Açores, tem gerado alguma controvérsia na região, mas Duarte Ponte entende que as críticas não fazem sentido.
"Acho que [as críticas] são extemporâneas. É de perceber que o Governo Regional tem, neste momento, um conjunto de necessidades muito elevado. Se o Governo pretende utilizar esses dividendos para a saúde, para o apoio aos desempregados, para o 'lay-off', por exemplo, não vejo que esteja a fazer qualquer coisa de mal", justificou o administrador, referindo-se ao combate à pandemia da covid-19 na região.
O presidente do conselho de Administração da EDA disse também que os resultados de 2019 são "positivos", embora tenham ficado ligeiramente abaixo das expectativas iniciais, devido à redução de transferência de verbas da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), e também de avarias numa das centrais geotérmicas.
"Este resultado ficou um pouco abaixo devido a duas variáveis que não estávamos a contar", explicou Duarte Ponte, referindo-se a uma quebra da remuneração da ERSE e a uma paragem na central do Pico Vermelho, em São Miguel, que reduziu a percentagem de lucros da empresa.
Em 2018, a empresa de eletricidade dos Açores registou quase 20 milhões de euros de lucros e o Conselho de Administração propôs, na altura, a distribuição de apenas 3,5 milhões de euros de dividendos pelos acionistas, só que o Governo Regional, que é acionista maioritário, impôs que fossem distribuídos cerca de 17 milhões.