Açoriano Oriental
Economia
Economias paralela e informal representam 40% do PIB açoriano
O presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo acusou “a Inspecção de Actividades Económicas de não fiscalizar as empresas ilegais que facturam cerca de 40 por cento do Produto Interno Bruto Regional (PIB)”.

Autor: Lusa/AO online
O PIB Regional, de acordo com os últimos dados referentes a 2006, é de 3.204 milhões de euros a preços correntes (per capita é de 13.204 euros) o que origina que a economia paralela e informal seja equivalente a 1.281 milhões de euros.

    De acordo com Sandro Paim “as economias paralela e informal, de que são exemplo as lojas americanas da Base das Lajes, estão a provocar o estrangulamento das pequenas e médias empresas regionais que se encontram em situação dramática e que tende a agravar-se”.

    Segundo o empresário “nos dois últimos anos foram efectuadas seis comunicações formais sobre o assunto junto da Inspecção e até ao momento não vimos qualquer resultado”.

    “Conhecemos os diversos casos do fabrico e comercialização ilegal de pão, venda e reparação de automóveis, promoção de eventos na área da restauração, construção civil, carpintarias, caixilharias e alumínios”, especificou.

    Sandro Paim adianta que “a Inspecção de Actividades Económicas só efectua fiscalizações aos ilegais quando há uma denúncia”.

    “O nosso organismo o que pede é que eles fiscalizem e não nos tornem a nós e aos cidadãos em denunciadores”, acrescenta.

    O líder da associação empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge, revelou que “só na ilha Terceira existem 80 carpintarias ilegais”.

    A Câmara do Comércio exige um “urgente compromisso entre o governo regional, partidos políticos e parceiros sociais “ com o objectivo de “acabar com este ciclo de concorrência desleal e degradação da competitividade e rendibilidade das empresas açorianas”.

    A manter-se a situação, os empresários preconizam como solução “a possibilidade dos cidadãos abaterem no IRS as facturas de todos os serviços que adquirem como já acontece em alguns países da Europa”.
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