Autor: Lusa/AO online
A polícia de Sidney declarou terminado o sequestro, que durou cerca de 17 horas, num café no centro financeiro da principal cidade australiana, pouco depois de anunciar o ataque das forças de segurança.
Televisões australianas noticiaram também que há vários feridos confirmados entre os reféns, com imagens transmitidas em direto a mostrarem várias pessoas a serem transportadas em macas depois de libertadas.
Segundo a imprensa australiana e britânica, o sequestrador foi identificado como Man Haron Monis, um homem de 49 anos que se apresenta como um pregador do Estado Islâmico (EI) e que está em liberdade sob fiança, acusado de cumplicidade no homicídio da ex-mulher.
O homem nasceu no Irão como Manteghi Bourjerdi e chegou à Austrália em 1996, tendo adotado o nome de Man Haron Monis, segundo o canal australiano 9News.
A BBC indicou que as autoridades australianas concederam asilo político a este antigo advogado, descrito como uma figura isolada.
No passado, Man Haron Monis participou em vários protestos contra a presença das tropas australianas no Afeganistão e enviou cartas de ódio às famílias de soldados australianos mortos em conflitos no estrangeiro.
Apesar de ter sido declarado um ativista pacífico, o homem foi condenado a 300 horas de serviço comunitário.
Durante o sequestro foi colocada numa janela do café uma bandeira preta com inscrições em árabe, que especialistas identificaram como a 'al-Raya', um símbolo genérico do islão em que a inscrição significa “Não existe outro Deus senão Alá e Maomé é o seu profeta”.