Açoriano Oriental
Doentes com epilepsia reclamam revisão das isenções das taxas moderadoras
Associações de doentes com epilepsia apelaram hoje à ministra da Saúde para rever o regime de isenção das taxas moderadoras para os epilépticos, que rondam os 50 mil em Portugal, surgindo anualmente quatro mil novos casos.

Autor: Lusa/AO Online

O apelo foi lançado pela Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia (EPI) e a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia nas EPI-Jornadas, que terminam hoje no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Numa carta enviada à ministra da Saúde, Ana Jorge, as associações referem que, "actualmente, a epilepsia, como doença crónica, não beneficia do referente regime", lamentando que a legislação em vigor contemple um conjunto de doenças, mas esqueça outras.

Defendem ainda que "o regime das isenções por doença crónica se centre na situação concreta da pessoa e não no seu diagnóstico", uma vez que existe uma elevada recorrência destes doentes ao Serviço Nacional de Saúde.

Nas jornadas, a EPI lançou ainda um DVD pedagógico para profissionais de educação com o objectivo de "ajudar as muitas crianças e jovens diagnosticados com epilepsia em Portugal e minimizar o impacto negativo que a doença possa acarretar na aprendizagem e integração académica do aluno".

Este projecto, "Epilepsia na Escola", surgiu com a constatação das dificuldades enfrentadas por pais e familiares de crianças com epilepsia na procura de uma escola onde os seus filhos possam estar integrados e onde lhes seja dada a resposta adequada face a ocorrência de uma crise epiléptica.

O DVD pretende fornecer informação a professores e auxiliares de educação e potenciar a adaptação psicossocial dos alunos com epilepsia, estando também disponível a todas as famílias que o solicitem.

A epilepsia é uma doença que tem origem uma perturbação do funcionamento do cérebro, devido a uma descarga anormal de algumas ou da quase totalidade das células cerebrais.

Qualquer pessoa pode sofrer uma crise epiléptica, devido, por exemplo, a deficiência em oxigénio, traumatismo craniano, baixa do açúcar no sangue, privação de álcool, abuso de drogas (uma em cada 20 pessoas têm uma única crise isolada durante a sua vida).

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