Autor: Susete Rodrigues/AO Online
A concentração dos cavaleiros no Solar da Mafoma está agendada para as 11 horas onde serão avaliados por um júri de acordo com o regulamento municipal. Serão valorizados como pontos a favor aqueles que se apresentem com sela portuguesa e revelem boa postura no montar a cavalo, explica nota da autarquia.
O desfile – que integra a figura de um “rei” como testemunho do cumprimento das promessas – inicia-se pelas 12h30 e uma hora volvida os cavaleiros são aguardados junto aos Paços do Concelho onde haverá uma embaixada de cortesia às autoridades municipais, regionais e demais convidados.
Abre com o “rei” ladeado por dois lanceiros (vassalos), seguidos por duas alas com dezenas de cavaleiros, aparecendo no meio delas três corneteiros e com um fecho vigiado por outros dois lanceiros.
Os homens que montam a cavalo, devidamente trajados, cumprem uma promessa que, segundo rezam os costumes, são um agradecimento pelo facto da igreja de São Pedro – localizada na freguesia de Ribeira Seca – e respetiva imagem do santo padroeiro, terem ficado intactas durante a erupção vulcânica ocorrida no Pico do Sapateiro.
Englobada na tradição estão as cavalhadas infantis, que se iniciam pelas 12 horas, que vão juntar cerca de meia centena de crianças, trajadas a rigor, com trajes de cavaleiro e montadas em cavalos de madeira.
Realce ainda para as alâmpadas, longos cachos armados com flores (bordões de São José e hortências) e frutos temporãs (o milho, pepino, ameixa e ananás) que, ao que consta, derivam de uma forma de agradecimento pelo renascer da terra depois de estéril devido às crises vulcânicas.