Açoriano Oriental
Desemprego deve ser combatido pelos privados e não pelo setor público

O líder do grupo parlamentar do PSD/Açores considerou que o combate ao desemprego não se deve realizar por via da administração pública, mas através da iniciativa privada, com a promoção de apoios às empresas.

Desemprego deve ser combatido pelos privados e não pelo setor público

Autor: Lusa/AO Online

Falando após um encontro com a direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, nesta cidade da ilha de São Miguel, no âmbito da auscultação de parceiros sociais sobre o Plano e Orçamento para 2020, Luís Maurício referiu que “para gerar riqueza na economia deve ajudar-se as empresas a criarem postos de trabalho, nomeadamente emprego jovem”.

O parlamentar referiu, com base em “dados recentes”, que os Açores perderam nos últimos cinco anos 4.500 habitantes e, “certamente, muitos foram jovens que procuraram na emigração uma alternativa de vida que não encontraram na região”.

Para o deputado social-democrata, apesar de a taxa de desemprego jovem “ter melhorado", esta "representa ainda o valor muito elevado de 24%”, sendo que o combate a esta situação “já não se faz com a administração pública, que não tem capacidade de resposta para os mais novos”, mas, sim, por via da iniciativa privada, dotando-a de apoios.

Luís Maurício declarou que no âmbito do pacote de propostas que o partido vai apresentar na apreciação do Plano e Orçamento para 2020, no parlamento regional inclui-se a reposição do diferencial fiscal sobre o IRC dos 20% para os 30%, "ajudando-se, assim, as empresas a gerar emprego por via da diminuição fiscal”.

“Essa é uma condição para que as empresas possam criar mais emprego”, disse Luís Maurício, que apontou ser esta uma medida já defendida pela plataforma Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, Associação Agrícola da Ilha de São Miguel e UGT/Açores.

O líder da bancada social-democrata na Assembleia Legislativa dos Açores referiu que, em 2020, o Governo Regional, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, vai cobrar 740 milhões de euros de impostos e, “parte desta receita, deve ser devolvida às empresas e famílias para se gerar emprego”.

No âmbito do pacote fiscal proposto pelo PSD consta ainda a reposição da taxa normal do IVA para os 16% - atualmente é 18% -, visando “potenciar o poder de compra das famílias”.


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