Açoriano Oriental
Segurança
DECO alerta para elevadores perigosos
A associação de consumidores Deco alertou para os riscos de choque eléctrico, esmagamento ou queda em elevadores depois de detectar falhas em 21 dos 48 ascensores que inspeccionou em Lisboa e Porto.

Autor: Lusa / AO online
Dos 34 elevadores inspeccionados em Lisboa e arredores e dos 14 no grande Porto, 21 apresentavam “problemas críticos”, mas continuavam a funcionar, revelam dados da inspecção, realizada em Julho e Agosto, e cujos resultados serão publicados na edição de Novembro da revista Deco Proteste.

Para a inspecção, os especialistas da associação agruparam os defeitos em três grupos: críticos, maiores e menores, sendo que, segundo a Deco, basta um defeito crítico para selar um elevador.

“Contudo, 21 elevadores apresentavam problemas críticos e estavam em funcionamento. Alguns acumulavam mais do que uma falha”, refere a Deco.

A falta de interruptores diferenciais automáticos, que desligam a electricidade quando há fuga de corrente para evitar um choque eléctrico, foi a principal falha identificada, contudo foram ainda detectadas situações de água no poço do elevador, corrosão nas guias da cabina, mau funcionamento de alguns sistemas de segurança e ascensores que funcionavam com a porta do patamar aberta.

“Todos estes problemas podem por em causa a vida dos utilizadores”, refere a instituição.

A Deco considera que os problemas detectados provam que a passagem da fiscalização dos elevadores da Direcção-Geral de Energia e Geologia para as autarquias “não aumentou o nível de segurança” e que estas “não fazem as inspecções devidas”.

Assim, a Deco defende a realização “imediata” de um levantamento dos elevadores existentes em cada concelho e reclama a revisão urgente da lei para passar a incluir “exigências mínimas de segurança a que todos os elevadores devem obedecer”.

Como exemplo, a Deco aponta a obrigatoriedade de colocar uma porta na cabina dos elevadores dos edifícios de habitação, que não foi considerada na mais recente legislação para o sector, mas que é considerado pela associação de consumidores como “um elemento de segurança essencial”.
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