Autor: Lusa/AO Online
Na segunda-feira, pelas 21h00, terá lugar uma cerimónia de homenagem ao escritor e poeta na mesma basílica, onde serão tocados suites para violencelo de Bach, havendo ainda lugar a um "apontamento de fado", segundo informações prestadas pela assessoria de imprensa do Centro Cultural de Belém (CCB).
O funeral está marcado para terça-feira. As cerimónias religiosas estão marcadas para as 10:00, iniciando-se com uma missa presidida pelo padre Tolentino de Mendonça, seguindo depois o corpo para o cemitério dos Olivais, onde será cremado.
As cinzas seguem depois para o Porto, de onde Graça Moura era natural.
O escritor e tradutor Vasco Graça Moura, de 72 anos, morreu ao fim da manhã de hoje em Lisboa, devido a doença prolongada.
Poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e tradutor de clássicos, Vasco Graça Moura estreou-se nas letras com "Modo mudando", em 1962. Publicou, entre outros, "A sombra das figuras" (1985), "A furiosa paixão pelo tangível" (1987), "Testamento de VGM" (2001) e "Os nossos tristes assuntos" (2006). Reuniu a “Poesia toda” em dois volumes, num total de mais de mil páginas, em 2012.
Recebeu o Prémio Pessoa e o Prémio Vergílio Ferreira, os prémios de Poesia do PEN Clube Português e da Associação Portuguesa de Escritores, que também lhe atribuiu o Grande Prémio de Romance e Novela, entre outras distinções. Em janeiro, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada.
Foi diretor do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, diretor da Fundação Casa de Mateus, presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
Em janeiro de 2012, substituiu António Mega Ferreira na presidência da Fundação Centro Cultural de Belém.
Era uma das vozes mais críticas do acordo ortográfico, do qual reclamou a revisão, numa intervenção no Porto, em maio de 2012, porque entender que em "nada contribui para a unidade da ortografia" da língua portuguesa.
Na homenagem que a Fundação Gulbenkian lhe dedicou, não hesitou em afirmar: "A poesia é a minha forma verbal de estar no mundo".
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