Açoriano Oriental
Covid-19
Conserveira Santa Catarina reduz capacidade produtiva

A conserveira açoriana Santa Catarina, o maior empregador da ilha de São Jorge, regista uma "redução da capacidade produtiva", para proteção dos trabalhadores, mas não pretende entrar em 'lay-off', disse a administração.

Conserveira Santa Catarina reduz capacidade produtiva

Autor: Lusa/AO Online

"Neste momento estamos com algumas contingências de produção, porque tivemos de dividir a fábrica em dois turnos, para proteção da saúde dos nossos colaboradores, e isto tem feito com que a produção esteja condicionada", explicou à Lusa o presidente do conselho de administração, Rogério Veiros, assegurando, no entanto, que a conserveira "pretende continuar a laborar sem causar qualquer perda de rendimentos para nenhum dos colaboradores".

A conserveira Santa Catarina é a maior entidade empregadora de São Jorge com cerca de 140 funcionários, na sua maioria mulheres.

"Não pretendemos entrar em 'lay-off'. Precisamos de laborar. Somos uma indústria e uma empresa essencial para a alimentação", acrescentou.

O responsável salientou a importância da empresa, "uma indústria alimentar de conservas de atum e que continua a laborar e continua a ajudar a alimentar Portugal".

"Precisamos de continuar a laborar face à procura que estamos a ter, pelo facto de ser um produto alimentar", reiterou, destacando que "as conserveiras açorianas representam o abastecimento de mais de 25% das conservas de atum consumidas em Portugal".

O ‘lay-off’ simplificado entrou em vigor na sexta-feira e é uma das medidas excecionais aprovadas pelo Governo para manutenção dos postos de trabalho no âmbito da crise causada pela pandemia covid-19.

As empresas que aderirem podem suspender o contrato de trabalho ou reduzir o horário dos trabalhadores que, por sua vez, têm direito a receber dois terços da remuneração normal ilíquida, sendo 70% suportada pela Segurança Social e 30% pela empresa.

A remuneração tem como limite mínimo o salário mínimo nacional (635 euros) e como máximo três salários mínimos (1.905 euros).

Além do IRS, os trabalhadores descontam ainda 11% para a Segurança Social.


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