Autor: Lusa / AO online
A África do Sul - e com ela a sua figura institucional de proa, o presidente Thabo Mbeki - assumem sábado a Presidência da organização regional de 15 Estados, incluindo as ilhas Seychelles, que são readmitidas nesta cimeira, num momento delicado para a região.
As sombras do colapso daquela que foi até há pouco tempo a segunda mais forte economia da região - o Zimbabué - as eleições gerais em Angola, um país tremendamente importante na SADC no qual os pilares democráticos não são testados há 16 anos, o conflito ainda latente na República Democrática do Congo e a crise constitucional no Malaui pairam sobre a cimeira.
Embora os mais altos responsáveis políticos não se cansem de enaltecer os avanços conseguidos na fluidez do comércio multilateral, que permitiram a criação efectiva da Zona de Comércio Livre (com a sigla no original, em inglês, de FTA), mantêm-se questões complicadas: os diversos acordos celebrados e em negociação entre os diferentes Estados-membros da SADC e a União Europeia ameaçam o equilíbrio das trocas comerciais e põem em risco os mecanismos implementados, e, por outro lado, os tremendos desequilíbrios existentes entre as economias regionais, os seus sistemas fiscais e graus de desenvolvimento tecnológico constituem desafios de monta aos governos regionais.
Acima de tudo, é a consolidação dos sistemas democráticos que constitui o maior desafio actual da SADC, dizem analistas, que acrescentam que enquanto o actual défice democrático prevalecer, desastres como o do Zimbabué podem acontecer a qualquer momento.
A menos de 24 horas da chegada dos Presidentes e chefes dos governos dos 15 a Sandton, ninguém sabe ainda qual será a solução - ou se alguma existe na mente dos dirigentes - preconizada para resolver a crise no Zimbabué.
Parece claro que Robert Mugabe entrará no salão nobre do Centro de Convenções de Sandton com as insígnias de Presidente do Zimbabué, apesar de ter sido praticamente auto-reeleito e auto-proclamado num acto eleitoral considerado ilegítimo por quase todo o mundo ocidental (e pela primeira vez também por inúmeros governos africanos).
Hoje são esperados em Sandton os dois líderes das duas facções do Movimento para a Mudança Democrática MDC), Morgan Tsvangirai e o menos importante Arthur Mutambara, os quais serão ouvidos pela "troika" de Segurança e Política da SADC, presidida por Angola e que conta com a Tanzânia e a Suazilândia sobre as propostas que têm sido discutidas sob a mediação de Thabo Mbeki e as razões do aparente fracasso negocial.
No exterior deverão fazer-se ouvir as vozes da sociedade civil africana.
Sob a bandeira da central sindical sul-africana Cosatu, muitas centenas - senão milhares - de pessoas vão protestar contra os dois regimes absolutistas da região: o Zimbabué e a Suazilândia.
Os cidadãos da região querem ter uma palavra nas questões que os afectam directamente e isso é algo que a rigidez e o secretismo da SADC não têm contemplado desde a sua formação.
As sombras do colapso daquela que foi até há pouco tempo a segunda mais forte economia da região - o Zimbabué - as eleições gerais em Angola, um país tremendamente importante na SADC no qual os pilares democráticos não são testados há 16 anos, o conflito ainda latente na República Democrática do Congo e a crise constitucional no Malaui pairam sobre a cimeira.
Embora os mais altos responsáveis políticos não se cansem de enaltecer os avanços conseguidos na fluidez do comércio multilateral, que permitiram a criação efectiva da Zona de Comércio Livre (com a sigla no original, em inglês, de FTA), mantêm-se questões complicadas: os diversos acordos celebrados e em negociação entre os diferentes Estados-membros da SADC e a União Europeia ameaçam o equilíbrio das trocas comerciais e põem em risco os mecanismos implementados, e, por outro lado, os tremendos desequilíbrios existentes entre as economias regionais, os seus sistemas fiscais e graus de desenvolvimento tecnológico constituem desafios de monta aos governos regionais.
Acima de tudo, é a consolidação dos sistemas democráticos que constitui o maior desafio actual da SADC, dizem analistas, que acrescentam que enquanto o actual défice democrático prevalecer, desastres como o do Zimbabué podem acontecer a qualquer momento.
A menos de 24 horas da chegada dos Presidentes e chefes dos governos dos 15 a Sandton, ninguém sabe ainda qual será a solução - ou se alguma existe na mente dos dirigentes - preconizada para resolver a crise no Zimbabué.
Parece claro que Robert Mugabe entrará no salão nobre do Centro de Convenções de Sandton com as insígnias de Presidente do Zimbabué, apesar de ter sido praticamente auto-reeleito e auto-proclamado num acto eleitoral considerado ilegítimo por quase todo o mundo ocidental (e pela primeira vez também por inúmeros governos africanos).
Hoje são esperados em Sandton os dois líderes das duas facções do Movimento para a Mudança Democrática MDC), Morgan Tsvangirai e o menos importante Arthur Mutambara, os quais serão ouvidos pela "troika" de Segurança e Política da SADC, presidida por Angola e que conta com a Tanzânia e a Suazilândia sobre as propostas que têm sido discutidas sob a mediação de Thabo Mbeki e as razões do aparente fracasso negocial.
No exterior deverão fazer-se ouvir as vozes da sociedade civil africana.
Sob a bandeira da central sindical sul-africana Cosatu, muitas centenas - senão milhares - de pessoas vão protestar contra os dois regimes absolutistas da região: o Zimbabué e a Suazilândia.
Os cidadãos da região querem ter uma palavra nas questões que os afectam directamente e isso é algo que a rigidez e o secretismo da SADC não têm contemplado desde a sua formação.