Açoriano Oriental
Cientistas do Centra envolvidos em instrumento do maior telescópio ótico do mundo

 Cientistas do Centro de Astrofísica e Gravitação (Centra), em Lisboa, participam na conceção de um dos instrumentos do maior telescópio ótico do mundo, que deverá começar a funcionar em 2025, no Chile, foi anunciado.

Cientistas do Centra envolvidos em instrumento do maior telescópio ótico do mundo

Autor: AO Online/ Lusa

Os investigadores do Centra estão envolvidos no desenho do instrumento METIS e na construção da sua estrutura mecânica de suporte, indicou na sexta-feira em comunicado a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, associada do Centra.

O instrumento, que irá detetar radiação invisível ao olho humano, permitirá estudar galáxias distantes, novas estrelas em órbitas mais próximas do buraco negro 'supermassivo' do centro da Via Láctea e planetas fora do Sistema Solar com tamanho semelhante à Terra, pode ler-se na mesma nota da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, associada do Centra.

O Telescópio Extremamente Grande (ELT, Extremely Large Telescope), que está a ser construído no Chile, vai ser operado pelo Observatório Europeu do Sul, organização astronómica intergovernamental à qual pertence Portugal, que aderiu ao projeto do ELT em 2013.

A participação portuguesa no ELT é também assegurada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, envolvido nos espetrógrafos HIRES e MOS, e pelas empresas Critical Software e ISQ.

Equipado com um espelho principal de 39 metros diâmetro, o ELT será o maior telescópio ótico construído em terra.

Graças aos seus vários instrumentos, que fazem a leitura de luz visível e infravermelha, o telescópio permitirá estudar em detalhe a natureza e a distribuição da matéria e energia escuras do Universo, bem como a temperatura, o clima e variações sazonais das atmosferas de planetas extrassolares gigantes.

O telescópio será capaz de observar detalhes "seis vezes mais finos" do que o telescópio espacial James Webb, com lançamento previsto para 2021, e "20 vezes mais finos" do que o telescópio Hubble, na órbita da Terra desde 1990, refere-se no comunicado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.


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