Autor: Lusa
O líder regional do Chega nos Açores, José Pacheco, citado numa nota de imprensa, considera importante “que o processo de privatização não pare”.
A Azores Airlines, que assegura as ligações dos Açores com o exterior, “é um ativo tóxico da região e temos de nos livrar dele”, afirma.
O Governo dos Açores anunciou hoje o cancelamento do concurso de privatização da companhia aérea Azores Airlines e o lançamento de um novo, alegando que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões, mas negou que as reservas sobre o consórcio concorrente tenham pesado na decisão.
No início de abril, o júri do concurso público da privatização da Azores Airlines entregou o relatório final e manteve a decisão de aceitar apenas um concorrente, mas admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia.
Também o Conselho de Administração do grupo SATA, liderado por Teresa Gonçalves, que entretanto se demitiu, manifestou “reservas sobre o consórcio NewTour MS Aviation e sobre as limitações do concorrente” no parecer enviado ao Governo Regional.
O Chega/Açores lembra na nota que o processo de privatização da Azores Airlines “está envolto em polémicas e em dúvidas, que importa esclarecer, sempre para o melhor interesse dos açorianos e da própria companhia aérea regional”.
“É esta a posição do Chega/Açores que sempre disse que, havendo dúvidas - principalmente em relação ao consórcio vencedor do concurso para aquisição de parte da Azores Airlines –, era necessário esclarecê-las”, lê-se.
José Pacheco, que também é o líder parlamentar do Chega na região, sustenta que “neste caso havia dúvidas”, daí que compreenda “a prudência do Governo Regional em cancelar o atual concurso para lançar um outro, mais vantajoso para a região e para a companhia aérea”.
Para o partido, “há que avançar com o processo de privatização da melhor [forma] possível, para que a região também não seja prejudicada”.
O líder regional do Chega admite que o concurso “não correu bem”, embora “não por culpa do Governo Regional, mas pelas dúvidas que se levantaram” em relação ao consórcio admitido para aquisição da companhia aérea açoriana.
Os açorianos “não podem estar a pagar um prejuízo tremendo” com a companhia aérea “que dá muitos milhões de prejuízo à região, sendo essencial avançar com a sua privatização, embora tal não possa acontecer a qualquer custo”, concluiu.
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