Autor: Lusa/AO Online
A plataforma sublinha que estas pessoas não participam nas eleições nacionais ou regionais do país em que vivem, mas cumprem as suas obrigações fiscais, o que faz com que não tenham os mesmos direitos. No total, estes 13,6 milhões de emigrantes equivalem à soma da população da Áustria, Irlanda e Luxemburgo, refere a plataforma europeia, que se baseou nos dados do gabinete de estatísticas da União Europeia (Eurostat). Cita como exemplo "casos extremos", como o do Reino Unido, em que os ingleses podem perder o direito de votar no seu próprio país se viverem no estrangeiro há mais de 15 anos. Para a plataforma, esta situação cria "cidadãos de segunda, sem nenhum direito político”, tanto no país de origem como no país de destino". Por esta razão, a Associação Europeia sem Fronteiras pretende lançar a iniciativa "Let me Vote", que defende que os emigrantes europeus residentes noutros Estados-membros possam votar em todas as eleições que se realizam no país em que residem nas mesmas condições dos seus habitantes. A iniciativa necessita de um milhão de assinaturas de, pelo menos, um quarto dos Estados-Membros para que a Comissão Europeia a possa estudar e submetê-la ao Parlamento Europeu.