Açoriano Oriental
CCIAH quer coerência no planeamento do setor dos transportes marítimos

Empresários da ilha Terceira consideram que o estudo que a Portos dos Açores vai realizar sobre o Porto de Ponta Delgada pode ser uma decisão “prematura e descontextualizada”, tendo em consideração que ainda não estão definidas as “linhas mestras do modelo de transporte marítimo regional”

CCIAH quer coerência no planeamento do setor dos transportes marítimos

Autor: Rafael Dutra

A Câmara do Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo (CCIAH) manifestou surpresa face ao recente anúncio da Portos dos Açores relativo ao lançamento de um estudo sobre o Porto de Ponta Delgada, realçando que  se deve evitar “decisões isoladas ou precipitadas”, uma vez que ainda não estão definidas “as linhas mestras do modelo de transporte marítimo regional”.

“Embora não questionemos a pertinência de um estudo de modernização e redimensionamento do Porto de Ponta Delgada, consideramos que, neste momento, a iniciativa surge de forma prematura e descontextualizada”, afirmam os empresários terceirenses, em comunicado de imprensa.

ACCIAHrelembra que o o estudo que visa definir o modelo de transportes marítimos na região ainda não está concluído e que o processo tendente à uniformização das tarifas nos portos está por fazer.

Além disso, os empresários assinalam que “obras essenciais, como a ampliação do Porto da Praia da Vitória, a conclusão do Porto da Marina de Angra do Heroísmo e dos portos de Flores e de São Roque do Pico, “ainda não estão finalizadas”.

Neste sentido, a CCIAH diz não entender qual será o objetivo de um estudo sobre o futuro do Porto de Ponta Delgada, “sem que se tenham definido previamente as linhas mestras do modelo de transporte marítimo regional e sem que se tenham concluído os investimentos em infraestruturas atualmente em curso”. 

“Essa abordagem parece-nos desajustada e, por vezes, uma tentativa de atuar ao sabor de interesses ou pressões de alguns lobbies, em detrimento de um planeamento estratégico coerente com as necessidades reais da região”, referem os empresários da ilha Terceira, lamentando que “se insista numa política de navegação à vista sem pensar os Açores no seu todo, tendo por base o mercado interno e o papel dos transportes marítimos no mesmo”.

Por este motivo, a CCIAH insiste na necessidade de um planeamento estruturado, baseado em estudos conclusivos e na definição de objetivos claros, que possam orientar de forma consistente o desenvolvimento portuário e marítimo dos Açores. 

Os empresários terceirenses consideram que a ausência de uma estratégia consolidada, que envolva, por exemplo, a conclusão dos estudos de transportes e a uniformização de tarifas portuárias “compromete a eficácia das ações futuras e a sustentabilidade do setor”.

“A CCIAH apela à sensatez e ao bom senso na elaboração de planos e estudos que visem o futuro do setor marítimo na região, evitando decisões isoladas ou precipitadas que possam comprometer o desenvolvimento sustentável do arquipélago”, é possível ler no comunicado de imprensa enviado à comunicação social. 

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