Açoriano Oriental
Cavaco recusa que crise do euro seja apenas responsabilidade dos países com problemas de "disciplina orçamental"
O Presidente da República recusou hoje que a crise do euro seja apenas responsabilidade dos países com problemas de "disciplina orçamental", insistindo na necessidade de uma resposta "pronta" a uma das crises mais sérias da história da construção europeia
Cavaco recusa que crise do euro seja apenas responsabilidade dos países com problemas de "disciplina orçamental"

Autor: Lusa/AO online

"A causa desta crise não reside no tratado que instituiu o euro nem é culpa apenas dos Estados membros com problemas de disciplina orçamental. A resposta tem de ser europeia, pronta e eficaz no curto prazo", lê-se numa mensagem colocada pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na sua página na rede social "Facebook".

Na mensagem, Cavaco Silva anuncia ainda que quarta-feira irá deslocar-se a Itália, onde fará uma conferência no Instituto Universitário Europeu de Florença sobre "As lições da crise do euro", sublinhando tratar-se de "uma das crises mais sérias da história da construção europeia".

Inserida no ciclo de conferências "A Europa em Debate" promovido pelo Instituto Universitário Europeu (IUE), a intervenção do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, será feita em português, com tradução simultânea para inglês e italiano, e deverá assim centrar-se no atual momento europeu e nos desafios que a União Europeia tem pela frente.

A necessidade de uma maior liderança europeia e a confiança que deposita no ideal europeu deverão ser outras das ideias a desenvolver por Cavaco Silva, temas que têm, aliás, sido abordados nas últimas intervenções públicas do Presidente da República, nomeadamente no discurso que proferiu no 05 de Outubro, onde falou sobre a "encruzilhada" em que a Europa se encontra quanto ao seu futuro.

"Vivemos dias que são um teste decisivo para a vitalidade da União Europeia", alertou Cavaco Silva, defendendo que os "líderes europeus da atualidade têm de saber estar à altura dos ideais grandiosos de Jean Monnet ou de Robert Schuman".

Há duas semanas, durante uma entrevista à TVI o chefe de Estado avançou igualmente com algumas medidas que preconiza no âmbito da "grave crise" que atinge a zona Euro, defendendo uma "intervenção ilimitada" do Banco Central Europeu para ajudar países com problemas de liquidez, cuja autonomia financeira devia depois ficar limitada, assim como a construção de uma estratégia europeia de crescimento económico e de emprego.

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